Os Anões de Velázquez
Retratos de anões realizados por Velázquez
O papel dos anões na corte de Felipe IV
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Biografia e curiosidades sobre Velázquez
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Na época de Velázquez, era comum nas cortes europeias a presença de anões. Mais raramente, prestavam-se a serviços burocráticos do palácio. Era mais comum que ocupassem a posição de bobo ou truão (palhaço), com funções de entreter a corte.
Como não eram levados a sério, os anões podiam parodiar sobre os fatos e burlar as regras de etiqueta de época. Eram considerados propriedade do rei, figuras subumanas, por vezes chamados de “vermes da corte”.
Velázquez retratou alguns anões da corte de Felipe IV. Obviamente, os anões não podiam fazer exigências sobre o trabalho do artista, o que proporcionava a Velázquez uma grande liberdade estilística. Embora pontue suas obras com certas ironias, é inegável que Velázquezconfere aos anões uma pontual individualidade.
Um caso bastante curioso foi a decoração planejada por Velázquez para a “Torre Parada”, uma pavilhão de caça que ficava próximo a Madri. O artista espanhol realizou três obras da família real, retratando o rei Felipe IV e seus filhos, Ferdinando de Habsburgo e Baltasar Carlos em trajes de caça. Além destas três telas, realizou outras duas: dois retratos de anões que mostram o mesmo cenário dos retratos reais.
Assim, as cinco telas foram dispostas lado a lado, no pavilhão. Velázquez procurou recriar sobre as paredes da sala o cotidiano da corte, onde os anões eram chamados para distrair a realeza durante as longas pausas – incluindo caçadas e sessões de pintura.
Esta realidade onde nobres a anões coabitavam o mesmo espaço era absolutamente familiar para Velázquez. Em sua obra-prima, “As Meninas”, o artista representou totalmente este ambiente em uma única imagem. Além das damas da corte, duas anãs entretém a infanta Margherita, no centro da tela.
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