Profissional de educação física não precisa ter porte de atleta
Com vistas às Olimpíadas e Paralimpíadas RIO 2016 que se realizarão no Rio de Janeiro, os atletas e paraatletas reforçam o treinamento físico e se dedicam ao máximo para chegar preparados às partidas e conseguir uma medalha. Por trás desse trabalho, estão, em sua maioria, profissionais de educação física, que atuam como técnicos, preparadores físicos, coordenadores de equipes, organizadores de eventos, entre outras funções.
Para se tornar um profissional da área, ao contrário dos atletas e paraatletas, os estudantes não precisam ter um bom preparo físico e fôlego de maratonista.
A graduação oferece formação em licenciatura e bacharelado. Quem se forma na primeira opção, pode dar aulas em todos os níveis de ensino. “Durante o curso, ele vai aprender a ensinar exercícios físicos ou a prática de atividades esportivas”, diz o professor Rodolfo Benda, diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Quem opta pela segunda, o BACHARELADO, tem a chance de trabalhar em academias de ginástica, faz assessoramento técnico esportivo, administração esportiva, avaliação física, entre outras atividades, além de desenvolver pesquisas e dar aulas para o ensino superior. Muitos técnicos e preparadores físicos do Pan são graduados em educação física.
No país, duas universidades – a de São Paulo (USP) e a Estadual de Londrina (UEL)- oferecem cursos voltados especificamente à formação de profissionais para a área de esportes. Outras faculdades possuem graduação de educação física com habilitação em esportes.
Mercado de trabalho
Profissionais
Segundo dados do Conselho Federal de Educação Física (Confef), há cerca de 160 mil profissionais registrados em todo o país. A concentração maior, 35%, atua em São Paulo. O órgão estima que haja outros 50 mil graduados que não são inscritos no Confef. Para atuar na área, é preciso ter registro no conselho seja bacharel ou licenciado.
Não há um piso salarial fixo da categoria no país. O valor muda de estado para estado. Em geral, o salário de quem atua no ensino é similar ao de professores de outras disciplinas. Dados do Ministério da Educação (MEC) mostram que 55% dos professores no Brasil em início de carreira recebem menos de R$ 850 por mês e 39% têm salário menor do que esse valor. O Governo federal encaminhou projeto de lei ao Congresso para que seja fixado um piso nacional de R$ 850 para 40 horas de trabalho.
Em São Paulo, o Sindesporte, que congrega empregados de clubes, federações, confederações e academias esportivas no estado, fixa um piso de R$ 856,76 por 220 horas mensais. Já o Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo (Sinpefesp), outro órgão da classe, propôs um piso de 1.300 para 25 horas semanais, mas, como os empregadores contestaram o valor, a questão está na Justiça.
Curso
Os cursos em geral têm duração de quatro anos e funcionam em período integral (manhã e tarde). Os noturnos possuem mais semestres, por terem menos horas de aula diariamente.
Nos primeiros períodos, os estudantes têm disciplinas básicas como anatomia, fisiologia, sociologia, estatística, entre outras. Em muitas faculdades, turmas de licenciatura e graduação assistem a essa parte de aulas juntas.
Depois, os alunos são separados e aprendem disciplinas do ciclo profissional específicas de cada área. Em muitas, a carga horária é dividida entre teoria e prática.
Em licenciatura os alunos têm metodologias de aulas de diversos tipos de esportes para as várias faixas etárias (criança, jovem, adulto, idoso).
No bacharelado, há aulas de esportes, de prescrição de exercícios físicos, de atividade física em saúde, entre outras.
Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL65236-5604-2894,00.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário