1. Introdução
O presente estudo integra as pesquisas relacionadas à problemática do Transtorno do Déficit de Atenção Hiperatividade, TDAH: O professor como mitigador do processo do ensino-aprendizagem. Com isso, há necessidade dos profissionais dos mais diversos segmentos prepararem-se para as novas demandas existentes na sala de aula. Nesse cenário focalizamos o professor, o qual lida intrinsecamente com o conhecimento no processo ensino-aprendizagem, por isso dele é exigido à busca incessante pelo saber, a capacitação contínua para que preparado, possa lidar com o novo, com os desafios, sendo o pleno desenvolvimento do educando, o que assim destaca a criança com TDAH.
O número de estudantes hiperativos tem aumentado e as escolas necessitam de profissionais preparados para trabalhar com esses alunos. Qual deverá ser o papel da escola, especificamente, do professor no processo ensino aprendizagem do estudante hiperativo?
A criança hiperativa, em sala de aula, exige uma atenção especial por parte do professor, portanto é necessário que esteja bem preparado para saber lidar com esse problema, como posicionar este estudante em sala de aula e como proceder nas tarefas e no relacionamento, sendo um mediador entre o TDAH e os demais estudantes.
As crianças com TDAH possuem características que as diferenciam de outras. Principalmente na escola , a criança comumente se torna um estorvo a mais numa classe já tumultuada. Provavelmente, não só deixará de receber atenção adequada, como também será marginalizada pelos colegas, educadores e pais dos seus colegas.
Tendo em vista que a hiperatividade tem se tornado cada vez mais comum entre os estudantes do Ensino Fundamental, observa-se que há necessidade de novas metodologias para ser trabalhadas e a aceitação tanto da família como da escola. Entendendo que o professor das séries iniciais está inserido neste contexto, que tem como princípio fundamental trabalhar respeitando as individualidades e limitações de seus alunos, e sabendo que cada aluno é detentor de características específicas no seu “eu”, buscamos compreender neste trabalho o fenômeno TDAH, verificando possibilidade de orientações que ajudem os professores em exercício que atua com estas crianças para serem capazes de diferenciar a hiperatividade de um comportamento indisciplinado. Os sintomas da indisciplina e da hiperatividade são semelhantes, mas há diferenças comportamentais que diferenciam a hiperatividade.
A escolha desse tema visa uma contribuição para fornecer esclarecimento e orientações para profissionais da educação e pais de alunos com possíveis indicadores TDAH no intuito de ajudar e encaminhar para um tratamento co m especialista. Mediante a constatação do problema, o educador deve informar aos pais orientando qual o procedimento a ser seguido.
Para esse problema sustentamos como hipótese que com uma ação didático- pedagógica voltada para as necessidades especiais do hiperativo é possível contornar muitos problemas de aprendizagem que ele venha apresentar. O objetivo geral da pesquisa é Reconhecer a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade como sintomas de um transtorno, sendo que o professor obtenha conhecimentos básicos através dos profissionais de saúde mental acerca do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade para melhor orientar quanto ao ensino aprendizagem, tendo como pontos importantes a Investigação de maneira como os docentes resolvem situações de conflito interpessoal na sala de aula.
Neste contexto, este projeto tem como enfoque apresentar o conceito de hiperatividade, verificar a preparação dos professores necessária para trabalhar com metodologias que auxiliem no rendimento desses estudantes e principalmente, que esse material sirva de apoio e aproveitamento para professores que tenham estudantes hiperativos inclusos em suas classes.
O interesse em realizar esse trabalho sobre TDAH surgiu pelas dificuldades observadas em alguns alunos de baixo rendimento escolar, causado pela desatenção, agitação e impulsividade, apresentando dados essenciais como: frequêntes falhas em terminar tarefas, não ouvir, agir sem pensar, dificuldade de concentração em trabalhos escolares e principalmente a incapacidade de permanecer sentado, tendo como melhora desse processo de ensino-aprendizagem a contribuição do professor mitigador da ação.
O embasamento metodológico deste trabalho se deu através de referenciais bibliográficos e de uma pesquisa qualitativa descritiva, analisando os vários fatores que podem influir nas dificuldades de aprendizagem dos alunos com TDAH, encontrados nos discursos dos teóricos que serviram de suporte com os resultados de estudos relacionados ao assunto. Objetivando melhor compreensão e proximidade com o assunto e buscando soluções para o mesmo.
Os métodos utilizados para a realização da pesquisa serão leituras de alguns livros, artigos de revistas, textos, sites disponível sendo uma pesquisa bibliográfica com embasamento teórico. Pretende-se desenvolver a pesquisa tendo como público alvo, os professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
2. Hipótese
Quais as estratégias pedagógicas e/ou medidas que os docentes do ensino infantil utilizam na prática com a finalidade de resolver questões de aprendizagem e relação afetivas - emocionais de seus estudantes?
3. Justificativa
Inicialmente, precisa-se definir de fato, o que é hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com indisciplina, sendo comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso.
Transtorno do Déficit de Atenção Hiperatividade é uma das grandes dificuldades no processo de ensino-aprendizagem enfrentadas pelas escolas, tendo em vista que nem sempre ocorrem revisões de conceitos e aperfeiçoamentos por parte dos docentes.
Inicialmente, precisa-se definir de fato, o que é hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com indisciplina, sendo comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso.
O TDAH aparece geralmente na primeira infância e atinge aproximadamente de 3% a 5% da população durante a vida toda, não importando o grau de inteligência, o nível de escolaridade, a classe socioeconômica ou etnia. De acordo com estudos recentes, o TDAH é mais percebido em meninos do que em meninas, numa proporção de 2/1; sendo que nos meninos os principais sintomas são a impulsividade e a hiperatividade, e nas meninas a desatenção. Os índices variam conforme a fonte de informação. Atinge de 6% a 8% de crianças em idade escolar.
É preciso observá-los atentamente, pois há uma série de componentes sociais que também levam uma criança a manifestar-se de modo não convencional. O TDAH é considerado um distúrbio psiquiátrico, portanto, é na escola os indícios que uma criança possui esse mal precisam ser registrados por no mínimo seis meses antes de encaminhar o aluno a um possível tratamento.
O aluno com TDAH tem plena condição de desenvolver seu potencial criativo, mas quando perde o foco da atenção, deixa suas atividades pela metade, não chegando assim a concluí-las. Necessário se faz que o papel do educador estimule a atenção constante para proporcionar a plenitude das vivências e experimentações. Os professores que têm alunos hiperativos precisam de paciência e disponibilidade e principalmente conhecimento sobre TDAH, pois eles exigem tratamento diferenciado, mais atenção e uma rotina especialmente estimulante para estimular e desenvolver a capacidade de atenção da criança. Valorizando assim seu potencial. Se o convívio social é importante para o desenvolvimento da criança, para quem tem
TDAH não é diferente. Ao professor cabe observar sinais como agitação e dificuldade de assimilação. No intervalo das aulas a criança costuma se meter em brigas ou brincar quase sempre sozinha, tenta chamar a atenção ou se comporta como se fosse alienada. A partir desses dados é notável que os educadores possam se deparar constantemente com alunos com TDAH em sala de aula, e que esses necessitam de sua ajuda para uma melhor aprendizagem.
Portanto exigem dos professores paciência e disponibilidade. É necessário desenvolver um repertório de intervenções para atuar eficientemente no ambiente da sala de aula com criança portadora de TDAH. Outro repertório de intervenções deve ser desenvolvido para educar e melhorar as habilidades deficientes da criança.
O mais importante para o sucesso da criança com TDAH na escola é o professor, não é o nome do programa escolar na qual a criança se encontra, nem a localização da escola, nem mesmo se a escola é pública ou particular, nem mesmo o tamanho da classe. Antes de tudo, está o professor, particularmente a experiência do professor sobre o TDAH e a boa vontade para desempenhar esforços extras para entender a criança para que ela possa ter um ano escolar feliz e repleto de sucessos. Podemos então perceber e justificar que pelo fato de que varias propostas e ações existentes no âmbito da Educação, tais como: projeto educacional, simpósios, seminários, programas de governo, percebe-se que os resultados continuam insatisfatórios, o que demonstra a necessidade de mudanças no contexto educacional, sendo assim, o professor torna-se um dos principais, protagonista dessa mudança.
4. Objetivos
4.1 Geral
Reconhecer a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade como sintomas de um transtorno, sendo que o professor obtenha conhecimentos básicos através dos profissionais de saúde mental acerca do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade para melhor orientar quanto ao ensino aprendizagem.
4.2 Específicos
Investigar a maneira como os docentes resolvem situações de conflito interpessoal na sala de aula. Esclarecer as características comportamentais dos estudantes que mais preocupam os docentes. Refletir sobre a metodologia dos profissionais e a maneira como lidar com a criança hiperativa, apresentar sugestões e orientações com recursos técnicos e materiais.
5. Referencial Teórico
Conforme a realidade cotidiana vem se apresentando, caberá ao profissional de educação ampliar seus conhecimentos sobre o comportamento dos alunos em contexto escolar para que adquira capacidade de sinalizar os sintomas característicos da desatenção, hiperatividade e impulsividade, expressos em sala de aula. Há que ressaltam o seguinte: “os professores da pré-escola podem e devem ser treinados a identificar crianças pré-escolares sob risco não apenas de problemas de hiperatividade”, assim vemos que “mas também de sinais precoces de incapacidades de aprendizado e outros distúrbios psicológicos, como aqueles relacionados com a ansiedade e a depressão” (GOLDSTEIN S. e GOLDSTEIN M. (2003, p. 79).
De acordo com a LDB nº 9.394/96 em seu Capítulo V, artigo 58, 2009, Seção 1, p.17):
A educação especial refere-se à modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educando portadores de necessidades especiais. Considera-se alunos com necessidades educacionais especiais aqueles que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter permanente ou temporário, que resultem em dificuldades ou impedimentos no desenvolvimento do seu processo ensino-aprendizagem.
É inquestionável a relevância que o professor tem na história do desenvolvimento cognitivo e psíquico da criança, a este profissional caberá observar diariamente, durante o período de aula, o que não é possível o aluno controlar em relação aos sintomas que caracterizam o TDAH.
A informação que o professor poderá obter sobre a criança no ambiente escolar será de extremo valor para o diagnóstico e para identificar as habilidades que devem ser ensinadas por ele, pois terá a chance de observar a criança no momento da realização das atividades individuais e grupais, na maneira como interage com os colegas, além de possibilitá-lo fazer comparações com o desempenho das outras crianças da mesma idade.
O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios de comportamento mais frequentes na idade escolar caracterizado por um nível de atividade motora excessiva e crônica, déficit de atenção e falta de autocontrole.
Segundo Neves, (2005, p. 8):
A hiperatividade em si não é uma doença é, geralmente, um sintoma de algum distúrbio como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), alguns tipos de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e outros distúrbios de aprendizagem ou comportamento.
A observação a ser feita deverá se restringir ao comportamento da criança e não deixar que o grau de irritabilidade causado pelo comportamento inadequado do aluno interfira, comprometendo na qualidade e na veracidade dos fatos registrados e observados pelo professor.
O professor deve estar atento para estas questões e manter o equilíbrio e a clareza para não chamar de hiperativas as crianças que demonstram comportamentos ativos apropriados para a idade, sem a priori analisar o contexto social, familiar e educacional, principalmente as condições físicas da criança e do ambiente, bem como a sua própria atuação, enquanto educador.
De acordo com Garcia (2001, p. 37):
[...] as atitudes pessoais dos docentes (relativamente às transgressões da disciplina escolar e as diferenças entre os próprios professores quanto à tolerância para com as condutas interativas) influem no surgimento de problemas comportamentais nas crianças em idade escolar.
Atingir esse nível de percepção demandará deste profissional, competência, equilíbrio, criatividade, intuição e o jogo de cintura para enfrentar as situações desagradáveis que poderão emergir no cotidiano da sala de aula. A hiperatividade poderá estar na mente do observador, quando diz que dependerá do que se espera do comportamento de uma criança e do grau de tolerância do adulto, pois há crianças consideradas hiperativas, quando seus pais ou outras pessoas criam expectativas diferentes daquilo que elas realmente possam dar.
É incontestável a importância do professor no diagnóstico do TDAH, entretanto, não caberá ao professor diagnosticar e sim compartilhar com outros profissionais as observações, as intervenções adotadas em sala de aula e as preocupações a respeito dos alunos. Registros das observações feitas pelo professor, a respeito das alterações do comportamento dos alunos, permitirão identificar preventivamente os casos específicos que necessitarão de intervenções educacionais, comportamentais e ambientais adotadas em sala de aula, como também, ajudar na seleção daqueles que precisam de uma atenção particular.
A partir daí providências serão tomadas, como por exemplo: contato frequênte com os pais, encaminhamento para profissionais da área médica e terapeutas, além do auxílio de outros profissionais. Entre dois e sete anos de idade é o momento em que a criança tem alto grau de aprendizagem, e por volta dos cinco anos se forem devidamente estimuladas, dominam com facilidade suas expressões em sua ação com os outros e sabem usar símbolos. “Nesta fase vivem o que em sua teoria Jean Piaget chamou de estágio pré- operatório e evoluem rapidamente na capacidade de representação mental do objeto, pessoas ou evento” (ANTUNES, 2002, p.22).
No estágio pré-operatório as crianças aprendem não só agindo mas também refletindo suas ações, estando assim esse estágio à frente do sensório-motor. “Já por volta dos 7 (sete) anos, a criança já começa a perceber algumas limitações e entra no estágio que Piaget define como operatório-concreto” (ANTUNES, 2002, p. 23).
Nesse momento da vida a criança já usa o pensamento para resolver problemas do dia-a-dia, nessa fase há um aprimoramento da memória e aumento da memória de curta duração. É quando está iniciando o ensino fundamental e é de suma importância que tenha professores que priorizem a construção de significados em suas aprendizagens. Se algo não vai bem a qualquer área do organismo, pode implicar em problemas de aprendizagem.
Sabemos que esses fatores contribuem para dificultar a aprendizagem afirma o autor, “Os fatores biológicos que contribuem para as dificuldades de aprendizagem podem ser divididos em quatro categorias gerais: lesão cerebral, erros no desenvolvimento cerebral, desequilíbrio neuroquímico e hereditariedade.” (SMITH e STRICK 2001, p.21). Falaremos a seguir sobre cada um deles separadamente, e sobre alguns fatores ambientais que podem influir na aprendizagem e no desenvolvimento, a Lesão cerebral é uma grande causadora das dificuldades de aprendizagem.
Entre esses tipos de lesão estão: “acidentes, hemorragias cerebrais e tumores, doenças como encefalite e meningite, transtorno glandulares não tratados na primeira infância, a desnutrição e a exposição a substâncias químicas tóxicas (como chumbo e pesticidas)” Tratamentos com radiação e quimioterapia, principalmente, se a radiação foi aplicada no cérebro, também causam dificuldades de aprendizagem.
De acordo com as autoras, ocorrem lesões cerebrais ao feto, quando acontecem doenças durante a gravidez, como: diabete, doença renal, sarampo, entre outras. Assim como, a exposição pré-natal a drogas que “está claramente associada a uma variedade de dificuldades de aprendizagem, incluindo atrasos cognitivos, déficits da atenção, hiperatividade e problemas de memória.” (SMITH; STRICK ,2001, p.23).
Muitas vezes as crianças que sofreram lesão cerebral apresentam problemas físicos tão urgentes, que problemas como dificuldades de aprendizagem, são ignorados. Porém, após ocorrer lesão cerebral, é importante que se busque por um programa que envolva vários tipos de apoio coordenados, como: terapia física, fonológica, apoio psicopedagógico e se for necessário com um programa de educação especial.
Erro no desenvolvimento cerebral: Nos nove meses que antecedem o parto todas as estruturas básicas do cérebro são formadas. O sistema nervoso de um feto cresce em estágios com diferentes regiões cerebrais, formando-se em diferentes momentos durante a gravidez. Desde a concepção já começa o desenvolvimento do cérebro.
Segundo Smith; Strick, (2001, p.24):
Um período crítico do desenvolvimento é do quinto ao sétimo mês de gestação, quando as células movem-se para suas posições apropriadas no córtex cerebral. O córtex, uma estrutura de múltiplas camadas que forma a carapaça externa do cérebro, está envolvido em praticamente todos os aspectos da atividade consciente. O funcionamento apropriado do córtex cerebral é essencial para o pensamento e a aprendizagem.
Os especialistas acreditam que alterações no desenvolvimento cerebral pré- natal, durante períodos críticos de formação do cérebro, podem causar erros que serão responsáveis por muitas dificuldades de aprendizagem. Uma vez que a aprendizagem e outros comportamentos complexos dependem da ativação de circuitos, envolvendo diversas áreas do cérebro, pode afetar o crescimento em outro ponto do sistema. Dificilmente um aluno que apresenta dificuldades de aprendizagem tem um único problema isolado. Diante das confirmações de Smith e Strick, (2001, p.24):
O processo contínuo de amadurecimento cerebral explica porque as crianças tornam-se gradualmente capazes de fazer coisas que não faziam antes. Os bebês aprendem a falar e andar, por exemplo, porque as conexões neurais necessárias são formadas entre um e dois anos de idade. Em alguns casos, o cérebro desenvolve-se a ponto de a criança poder assumir desafios notavelmente sofisticados.
Desequilíbrios neuroquímicos: os desequilíbrios neuroquímicos podem contribuir para alguns transtornos de aprendizagem, como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Assim entendemos que a criança com esse distúrbio terá dificuldade no seu amadurecimento cerebral tornando lento, a percepção a capacidade de aprendizagem satisfatória. O desequilíbrio neuroquímico acontece da seguinte forma, Smith; Strick, (2001p. 26):
As células cerebrais comunicam-se umas com as outras por meio de “mensageiros” químicos chamados de neurotransmissores. Qualquer mudança no clima químico delicadamente equilibrado do cérebro pode interferir nesses neurotransmissores e prejudicar a capacidade do cérebro para funcionar adequadamente.
Sabemos que a Hereditariedade, de acordo com pesquisas já realizadas, o desenvolvimento de dificuldades de aprendizagem podem ser causadas por hereditariedade, ou seja, os desequilíbrios neuroquímicos podem ter origem genética, visto que, estudos feitos sobre crianças de famílias com dificuldades de aprendizagem, indicam incidência mais alta que a média de parentes com problemas similares. Diante dos dados levantados, ”descobriu-se que 60% das crianças com dificuldade de aprendizagem tinham pais e/ou irmãos com problemas de aprendizagem, enquanto 25% identificaram avós, tios e tias com dificuldades de aprendizagem”. (SMITH; STRICK, 2001, p. 28). Na maioria das vezes as dificuldades de aprendizagem são causadas por problemas fisiológicos. Porém, as condições em que as crianças vivem em seu ambiente doméstico ou escolar, podem afetar seu desenvolvimento intelectual e se potencial para aprendizagem, causando dificuldades de aprendizagem.
Pois se essas crianças forem privadas de um ambiente estimulante, principalmente nos primeiros anos de vida, irão adquirir habilidades cognitivas básicas, mais lentamente. Demonstrando também pouca habilidade social, pouca curiosidade o ou interesse em aprender, não desenvolverão autoconfiança. Desta maneira, deduzimos que o papel do professor não é diagnosticar, mas reconhecer os sinais do TDAH em sala de aula, investigar dentro das suas competências outras situações ou condições que podem estar desencadeando os sintomas. Deverá observar as atitudes do aluno diante das regras estabelecidas e das atividades propostas, o modo como ele aprende e se relaciona com os colegas, a maneira que se comporta diante das situações de aprendizagem.
Conhecendo melhor seu aluno o professor poderá partilhar informações e solicitar a outras profissionais estratégias de intervenções educacionais e formas de apoio que possam atender as necessidades do aluno. Para que essa parceria obtenha resultados é preciso registrar as intervenções feitas e os pontos positivos e negativos das respostas reativas às intervenções aplicadas em sala de aula e no caso de suspeita do transtorno, orientar os familiares a buscar uma avaliação apropriada com profissionais, especialistas no assunto.
É importante enfatizar que a compreensão sobre as causas do baixo rendimento escolar motivada pelo TDAH, e indicações alternativas para o diagnóstico correto é ainda inicial. Através da elaboração desse trabalho, pode-se notar que apesar de o TDAH não ser um problema novo, somente no último século começou-se a estudar tal assunto que atinge uma grande parcela da população. Percebe-se que o conhecimento sobre TDAH na comunidade científica está bem avançado, o que não acontece com a população leiga.
A demora do diagnóstico acaba tornando-se um dos maiores problemas em relação à doença, acarretando dificuldades na escola e também sociais, levando crianças e adolescentes a terem problemas na aprendizagem. Nota-se também a importância de um acompanhamento multidisciplinar da criança ou adolescente com TDAH. A interação psicofarmacológica, psicoterápica, psicopedagógica, orientações aos pais e professores são fundamentais para ajudar os hiperativos a integrar se socialmente.
A escola, como instituição que objetiva preparar o indivíduo para o convívio em sociedade, tem papel fundamental, assim como o Orientador Educacional, no processo de auxílio ao tratamento, usando de estratégias de manejo dessas crianças e adolescentes, para que haja a inserção das mesmas na sociedade. Na tentativa de aliviar o sofrimento, desde os problemas de aprendizagem ao relacionamento social que para estas crianças e adolescentes é geralmente conturbado.
Aos profissionais de educação, uma conscientização maior e, acima de tudo, a postura de verdadeira responsabilidade do educador no sentido de que olhem o problema de vários pontos de vista. Embora as dificuldades de aprendizagem tenham se tomado o foco de pesquisas mais intensas nos últimos anos, elas ainda são pouco entendidas pelo público em geral, entre professores e outros profissionais da educação. Portanto, ainda existe muito trabalho a ser feito. Em muitas escolas, a falta de consciência sobre as necessidades de estudantes com deficiência e o apoio inadequado para os professores, as exigências de currículo, ausência de uma clara filosofia educacional, continuam impedindo programas de qualidade.
O professor deve estar atento para estas questões e manter o equilíbrio e a clareza para não chamar de hiperativas as crianças que demonstram comportamentos ativos apropriados para a idade, sem a priori analisar o contexto social, familiar e educacional, principalmente as condições físicas da criança e do ambiente, bem como a sua própria atuação, enquanto educador. Atingir esse nível de percepção demandará deste profissional, competência, equilíbrio, criatividade, intuição e o jogo de cintura para enfrentar as situações desagradáveis que poderão emergir no cotidiano da sala de aula.
Enfim, para que se obtenha melhor resultado é importante que o professor organize através de registros ou portfólio o desenvolvimento acadêmico, social e afetivo do aluno e relate como foi seu procedimento diante das intervenções feitas em sala de aula. Sendo o professor uma das fontes de informações consultadas para coleta de dados dos sintomas do TDAH e o profissional mais solicitado pelo aluno, poderá ser de extrema ajuda para auxiliar os profissionais envolvidos na avaliação diagnóstica do transtorno e no processo de aprendizagem e socialização do aluno no contexto escolar.
6. Metodologia
Para desenvolver a pesquisa e alcançar os objetivos propostos será desenvolvida pesquisa bibliográfica onde será abordada a importância do estudo, pois o tema TDAH é significativo para contribuir com os profissionais da área da educação.
O embasamento metodológico deste trabalho se deu através de referenciais Bibliográficos e de uma pesquisa qualitativa descritiva, analisando os vários fatores que podem influir nas dificuldades de aprendizagem dos alunos com TDAH, objetivando melhor compreensão e proximidade com o assunto e buscando soluções para o mesmo.
Este trabalho constitui-se em um estudo sobre os vários aspectos desse transtorno, viabilizando uma maior compreensão dos sintomas, apresentando uma proposta para a educação de crianças com TDAH e atividades que poderão ajudá- las, para que seja integrada na escola, alertando da necessidade do conhecimento sobre o assunto por parte dos educadores.
7. Cronograma
ATIVIDADES
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ETAPA DO ACADÊMICO (semestrais)
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1º semestre (2013)
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2º semestre (2014)
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3º semestre (2014)
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4º semestre (2015)
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Elaboração do projeto
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Levantamento bibliográfico
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Elaboração dos instrumentos
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Análise dos dados e informações
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Redação dos dados e redação final
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Revisão e defesa
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Sobre o Autor:
Referências:
Fonte: http://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-o-professor-como-mitigador-do-processo-ensino-aprendizagem © Psicologado.com
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