Por Jéssica Nascimento
Salão de beleza delivery:
- Serviço percorre o Distrito Federal para atender deficientes físicos
- ComINVESTIMENTO baixo, empreendedor triplicou faturamento
- Clientes aprovam comodidade e evitam inconvenientes
- Consultora diz que negócio requerINVESTIMENTO em marketing
Após ouvir de um cliente cadeirante que era a sexta vez que tentava entrar em um salão de beleza, mas não conseguia –por causa da falta de acessibilidade–, o empresário José Valente, 44, decidiu criar um serviço itinerante para deficientes físicos, o Acessibilidade Cabeleireiro Delivery.
A van adaptada percorre todo o Distrito Federal e conta com equipamentos profissionais que podem ser encontrados em um estabelecimento comum, desde o lavatório até os acessórios. Essa infraestrutura, segundo ele, é o que diferencia seu negócio do serviço prestado por cabeleireiros que atendem nas casas informalmente. Corte, pintura e hidratação são alguns dos serviços oferecidos.
O investimento total foi de R$ 60 mil. Segundo José Valente, o faturamento triplicou em relação ao período em que trabalhava em um salão de beleza. “Atendo cerca de 30 clientes por mês, o que dá R$ 4.500. Não há concorrência, pois sou o único do DF que vai de van até a casa das pessoas para prestar o serviço”, diz. No salão, ele faturava R$ 1.500. A van funciona há apenas nove meses.
O cabeleireiro diz que há uma relação de confiança entre ele e os clientes. “Atendo pessoas com diversas deficiências, algumas que não conseguem nem sair da cama. Corto, faço mexas nos cabelos e hidrato. Todo o serviço é feito com muito carinho. Muitas vezes, viro parte da família.”
Cadeiras adaptadas, tesouras, secadores, produtos químicos e até um lavatório são levados na van. A água vem de um galão, que também é transportado. “Levamos também um aspirador para limpar os cabelos cortados que ficam no chão. Nossa missão é levar praticidade e conforto para os clientes”, afirma.
Serviço evita situações constrangedoras, diz cliente
O estudante Leonardo Alencar, 27, é cadeirante há seis anos. Em uma brincadeira com amigos, ele pulou em uma piscina e bateu a cabeça no fundo, fraturando uma vértebra. Desde então, o jovem sofre dificuldades quando precisa ir até um salão de beleza para cortar o cabelo. Ele diz que não há rampas nos estabelecimentos da região.
“Quando tenho que ir sozinho, preciso da boa vontade das pessoas. A maior dificuldade é ter que sair da cadeira de rodas para sentar na do salão. É bem complicado, as pessoas não se preocupam com acessibilidade”, diz o jovem.
Quando soube do serviço, Leonardo logo telefonou para Valente. “Achei a iniciativa maravilhosa, nunca tinha pensado nisso. Além de evitar situações constrangedoras, é bem mais confortável cortar e lavar o cabelo dentro da minha própria casa.”
Empreendedores delivery devem investir mais em marketing
De acordo com o Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), levar os serviços de beleza aos consumidores tem se mostrado um novo nicho de mercado. Pessoas com necessidades especiais, executivas, mães com crianças pequenas e idosos são clientes potenciais desses serviços e se mostram interessados na comodidade.
A coordenadora nacional do Sebrae Andrezza Torres, no entanto, ressalta que os empreendedores delivery devem se preocupar mais com a divulgação do serviço, pois, de maneira geral, não há um ponto de atendimento (loja) que facilita a atração de clientes espontâneos, que passam em frente ao local.
Segundo a consultora, também é necessário cumprir e esclarecer aos clientes todas as normas de segurança seguidas. “Mesmo que o serviço seja realizado na casa ou trabalho do cliente, é necessário que se tenha uma base de operação onde os materiais serão esterilizados e higienizados.”
Fonte: UOL Economia
- Serviço percorre o Distrito Federal para atender deficientes físicos
- ComINVESTIMENTO baixo, empreendedor triplicou faturamento
- Clientes aprovam comodidade e evitam inconvenientes
- Consultora diz que negócio requerINVESTIMENTO em marketing
Após ouvir de um cliente cadeirante que era a sexta vez que tentava entrar em um salão de beleza, mas não conseguia –por causa da falta de acessibilidade–, o empresário José Valente, 44, decidiu criar um serviço itinerante para deficientes físicos, o Acessibilidade Cabeleireiro Delivery.
A van adaptada percorre todo o Distrito Federal e conta com equipamentos profissionais que podem ser encontrados em um estabelecimento comum, desde o lavatório até os acessórios. Essa infraestrutura, segundo ele, é o que diferencia seu negócio do serviço prestado por cabeleireiros que atendem nas casas informalmente. Corte, pintura e hidratação são alguns dos serviços oferecidos.
O investimento total foi de R$ 60 mil. Segundo José Valente, o faturamento triplicou em relação ao período em que trabalhava em um salão de beleza. “Atendo cerca de 30 clientes por mês, o que dá R$ 4.500. Não há concorrência, pois sou o único do DF que vai de van até a casa das pessoas para prestar o serviço”, diz. No salão, ele faturava R$ 1.500. A van funciona há apenas nove meses.
Cadeiras adaptadas, tesouras, secadores, produtos químicos e até um lavatório são levados na van. A água vem de um galão, que também é transportado. “Levamos também um aspirador para limpar os cabelos cortados que ficam no chão. Nossa missão é levar praticidade e conforto para os clientes”, afirma.
Serviço evita situações constrangedoras, diz cliente
“Quando tenho que ir sozinho, preciso da boa vontade das pessoas. A maior dificuldade é ter que sair da cadeira de rodas para sentar na do salão. É bem complicado, as pessoas não se preocupam com acessibilidade”, diz o jovem.
Empreendedores delivery devem investir mais em marketing
De acordo com o Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), levar os serviços de beleza aos consumidores tem se mostrado um novo nicho de mercado. Pessoas com necessidades especiais, executivas, mães com crianças pequenas e idosos são clientes potenciais desses serviços e se mostram interessados na comodidade.
A coordenadora nacional do Sebrae Andrezza Torres, no entanto, ressalta que os empreendedores delivery devem se preocupar mais com a divulgação do serviço, pois, de maneira geral, não há um ponto de atendimento (loja) que facilita a atração de clientes espontâneos, que passam em frente ao local.
Fonte: UOL Economia
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