No Brasil, é grande a falta de atendimento adequado às necessidades escolares de crianças com dificuldades de aprendizagem, capaz de diminuir o índice de evasão e repetência escolar. (MAZZOTTA, 2003).
A evolução das idéias e práticas relativas aos serviços para pessoas com deficiência e, a inserção escolar, colocam inúmeras questões aos educadores, especialistas.
Conforme Mantoan (1997), os desafios a enfrentar são inúmeros e toda e qualquer investida no sentido de ministrar um ensino especializado aos alunos depende de se ultrapassarem as condições atuais de estruturação do ensino escolar para deficientes.
A Educação Especial na política educacional brasileira, desde o final da década de cinqüenta deste século, até os dias atuais, tem sido vista como uma parte indesejável e, muitas vezes, atribuída como assistência aos deficientes e não como educação de alunos que apresentam deficiência. (MENDES, 2006).
Em se tratando de Educação Especial, Mazzotta (2003, p. 11), a define como:
A modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens. Tais educandos, também denominados de "excepcionais", são justamente aqueles que hoje têm sido chamados de "alunos com necessidades educacionais especiais" .
Em nossa concepção, as escolas especiais têm papel fundamental no desenvolvimento de crianças, jovens e adultos com deficiência, pois, elas oferecem atendimento especializado, diferente de escolas regulares, que, na maioria dos casos, não tem nada a oferecer à essas pessoas "diferentes", que necessitam de estímulos diferentes, de adaptações, de aceitação.
Em relação à Educação Física (EF), observa-se que a mesma tem evoluído desde o final do século XIX, onde passou a ser obrigatória nas escolas públicas. Nas décadas de 1930 a 1950 consistia de aulas corretivas para alunos que hoje seriam considerados normais. Sherrill (apud WINNICK, 2004, p. 09), descreveu de forma sucinta a EF deste período:
A indicação para a Educação Física se baseava em um exame completo realizado por um médico que determinava se o estudante devia participar do programa normal ou do corretivo. As aulas corretivas consistiam basicamente de atividades limitadas, restritas ou modificadas, relacionadas a problemas de saúde, postura ou aptidão física. Em muitas escolas, os alunos eram dispensados da Educação Física; em outras, o professor normalmente trabalhava em várias sessões diárias de Educação Física normal. Os líderes da Educação Física corretiva continuavam tendo sólida formação em medicina ou fisioterapia. As pessoas que se preparavam para ser professores de Educação Física geralmente faziam um curso universitário de Educação Física corretiva.
Porém, com o passar dos tempos, houve uma evolução na EF no sentido de melhorar a prática pedagógica que supre as necessidades de pessoas com deficiências, especificadas com definições distintas para o mesmo termo a qual passou a ser denominada EF Adaptada, que, conforme Winnick (2004, p. 04):
Tem o objetivo de suprir necessidades especiais de longo prazo (mais de trinta dias). As pessoas com necessidades especiais incluem os portadores das deficiências na Individuals with Disabilities Education Act (IDEA). De acordo com a IDEA, o termo criança portadora de deficiência designa a criança que necessita de Educação Especial e de serviços relacionados, por apresentar retardo mental, comprometimentos auditivos (inclusive surdez), comprometimentos de fala ou linguagem, comprometimentos visuais (inclusive cegueira), distúrbio emocional grave, comprometimentos ortopédicos, autismo, traumatismo crânio-encefálico, outros problemas de saúde, distúrbios de aprendizagem específicos, surdez-cegueira ou deficiências múltiplas.
Conforme as considerações acima descritas, busca-se através desta, responder ao seguinte problema de pesquisa: como a EF foi inserida na Educação Especial e como foi sua evolução?
O tema "EF na Educação Especial" foi escolhido com o intuito de ampliar o conhecimento sobre a história, evolução e atualidade da EF Adaptada, bem como da Educação Especial.
O objetivo geral deste trabalho foi o de verificar como a EF evoluiu na Educação Especial. E, os objetivos específicos foram: conhecer, pesquisar e relatar sobre a Educação Especial; verificar a clientela que está inserida na Educação Especial; conhecer, pesquisar e relatar sobre a EF Adaptada; conhecer e relatar a EF na Educação Especial.
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