ONU emite nota com recomendações para atendimento de pessoas com deficiência em situações de emergência
Estatísticas mostram que a taxa de fatalidade para pessoas com deficiência é duas vezes superior à das pessoas sem deficiência em situações de emergências
ONU coloca a pessoa com deficiência como foco entre prioridades
Para marcar o Dia Internacional para a Redução de Desastres, celebrado em outubro de cada ano, a Organização Mundial da Saúde, a CBM, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a Organização Internacional para a Migração, o Fundo das Nações Unidas para a Infância e o Escritório das Nações Unidas para a Redução dos Riscos de Desastres e seus parceiros estão publicando uma Nota de Orientação para destacar as necessidades das pessoas com deficiência antes, durante e depois de emergências.
Pessoas com deficiência são desproporcionalmente afetadas em emergências e vivenciam taxas particularmente altas de mortalidade nestes contextos. As emergências podem aumentar a vulnerabilidade e também criar uma nova geração de pessoas com deficiência devido a lesões, cuidados médicos e cirúrgicos de má qualidade, problemas psicológicos e de saúde mental induzidos por situações de emergência e colapsos na infraestrutura de apoio.
Pessoas com deficiência também podem enfrentar maior dificuldade para acessar alimentos, abrigos, instalações sanitárias e serviços de atendimento médico em situações de emergência.
Após um terremoto seguido de tsunami no Japão, em 2011, as estatísticas mostram que a taxa de fatalidade para pessoas com deficiência é duas vezes superior à das pessoas sem deficiência. Estimativas de alguns países sugerem que até um quarto de todas as deficiências podem ser associadas à violência e lesões. Estima-se que para cada criança morta como resultado de conflitos violentos, três são feridas e passam a viver com deficiência permanente.
A Nota de Orientação sobre Deficiência e Gerenciamento de Risco de Emergências para a Saúde aponta as ações necessárias na área da saúde para assegurar que tanto os suportes regulares quanto os específicos à deficiência estejam disponíveis e acessíveis para as pessoas com deficiência antes, durante e depois de emergências.
A Nota descreve as etapas mínimas que as instituições na área da saúde, entre outras, devem cumprir para garantir que o suporte específico esteja disponível para as pessoas com deficiência e que a deficiência esteja inclusa no desenvolvimento e implementação de ações de saúde em todos os contextos de emergência.
A OMS quer assegurar a disseminação e implementação efetivas da Nota de Orientação por meio de suas respectivas organizações e redes e participará, com parceiros, dos eventos do Dia Internacional para a Redução de Desastres, em Nova York, essa semana, e está realizando as ações necessárias para assegurar a inclusão da deficiência no apoio da OMS às avaliações de risco, capacitações, respostas a emergências e atividades de recuperação em âmbito nacional. Da mesma forma, as instituições relacionadas à deficiência estão trabalhando para integrar o gerenciamento de riscos de emergências nas políticas e práticas na área.
Os Estados Membros solicitaram à OMS o desenvolvimento de um plano de ação global sobre a deficiência que tenha como foco os papéis dos países, da OMS e de outros atores para melhorar a saúde das pessoas com deficiência. A OMS garantirá que o plano inclua ações para o fortalecimento do gerenciamento de riscos de emergência de acordo com a Nota de Orientação.
SERVIÇO
A íntegra original da Nota de Orientação pode ser encontrada no seguinte link, apenas em inglês: http://www.who.int/hac/techguidance/preparedness/disability
Para contatar a OMS sobre a nota e outras atividades para fortalecer o tema e o gerenciamento de riscos de emergência para a saúde: Alana Officer (officera@who.int) ou Jonathan Abrahams (abrahamsj@who.int) para mais informações.
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