sábado, 16 de outubro de 2010

A prática esportiva em pessoas com síndrome de Down Atlantoaxial intability and ligamentous hyperlaxity in down syndrome

Acta Ortopédica Brasileira - Atlantoaxial intability and ligamentous hyperlaxity in down syndrome





A prática esportiva em pessoas com síndrome de Down tem se consolidado como importante método de terapia, integração e sociabilização(1). Entretanto, a presença de instabilidade atlantoaxial (IAA) nestas crianças merece consideração especial porque expõe os seus portadores a sérios riscos de lesão medular aguda com morte súbita, caso ocorra, durante a atividade esportiva, uma flexão cervical forçada, luxando ou subluxando as vértebras e comprimindo a medula espinhal(1).

Spitzer et al.(2) publicaram o primeiro relato de instabilidade atlanto-axial em portadores de Síndrome de Down. A partir de então, vários autores têm relatado esta associação numa taxa que varia entre 9% a 40 % , com apenas 10% a 15% destes indivíduos sendo sintomáticos(1,3,4,5,6)

Por este motivo, a identificação de IAA e fatores de risco nestas crianças é muito importante antes da indicação da prática esportiva. A hipoplasia do odontóide e as alterações degenerativas da coluna cervical já foram relatadas como fatores predisponentes; entretanto, a hiperfrouxidão ligamentar generalizada, que também é encontrada em altos índices nestes indivíduos, tem sido considerada por alguns autores a principal entidade relacionada com a IAA.


Sabe-se que a instabilidade atlantoaxial (IAA) é uma afecção caracterizada pelo aumento da mobilidade da articulação formada pela primeira e segunda vértebras cervicais (articulação atlanto-axial) devido a frouxidão do ligamento alar a este nível(7). Porém a associação entre frouxidão ligamentar alar e hiperfrouxidão ligamentar generalizada, bem como seu verdadeiro significado, ainda permanecem mal definidos na literatura.

Baseado nesta controvérsia, realizou-se estudo de corte transversal que busca verificar a freqüência de IAA em portadores de síndrome de Down e sua possível associação com hiperfrouxidão ligamentar generalizada.

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