A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO Escrito por Marisa Faermann Elzirik Seg, 02 de Dezembro de 2002 03:00 |
A "ONDA INCLUSIVA" OU O VENTO DO DEGELO[1] EIZIRIK, Marisa F. FREITAS, Cláudia R. MAIA, Denise S. PACHECO, Carla O. Resumo Trata-se de discutir a educação inclusiva como conceito e como prática, a partir dos princípios legais que a suportam e dos dilemas que produz, ao nível do formato contemporâneo do ensino regular. A proposição é de visualizá-la como sendo da ordem da invenção, como obra aberta, rizomática. ________________________________________________ Nietzsche concebia o pensamento sob o signo da viagem. Pensar é mudar, dizia, acolhendo as flutuações, as opiniões, as críticas, como um mal-estar necessário, contra a insensatez do repouso do pensamento, o imobilismo, que considerava árido e paralisado como a crença de inverno; contra ela, pregava o vento do degelo[2]. O cenário atual apresenta uma verdadeira “onda inclusiva”, que está “arrebentando na praia”, leia-se, no mundo educacional, produzindo arrombamentos em estruturas paralisadas, rupturas em paradigmas congelados: conceito e formato de escola estão mudando e, com isso, obrigando a olhar as coisas de forma diferente. O enfrentamento com formas de existência antes não reconhecidas, isoladas em outros espaços, encobrindo a dor que assim ficava anestesiada, vai produzindo fatos novos, revisando e criando práticas, sacudindo a própria condição de pensamento do mundo. Não há mais como anestesiar a dor. Os enigmas estão expostos. |
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