quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO

A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO


A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO
Escrito por Marisa Faermann Elzirik
Seg, 02 de Dezembro de 2002 03:00
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A "ONDA INCLUSIVA" OU O VENTO DO DEGELO[1]
EIZIRIK, Marisa F.
FREITAS, Cláudia R.
MAIA, Denise S.
PACHECO, Carla O.
Resumo
Trata-se de discutir a educação inclusiva como conceito e como prática, 
a partir dos princípios legais que a suportam e dos dilemas que produz, 
ao nível do formato contemporâneo do ensino regular. A proposição é de 
visualizá-la como sendo da ordem da invenção, como obra aberta, rizomática.
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Nietzsche concebia o pensamento sob o signo da viagem. Pensar é mudar, 
dizia, acolhendo as flutuações, as opiniões, as críticas, como um mal-estar 
necessário, contra a insensatez do repouso do pensamento, o imobilismo, 
 que considerava árido e paralisado como a crença de inverno; contra ela, 
pregava o vento do degelo[2].
O cenário atual apresenta uma verdadeira “onda inclusiva”, que está
 “arrebentando na praia”, leia-se, no mundo educacional, produzindo 
arrombamentos em estruturas paralisadas, rupturas em paradigmas 
congelados: conceito e formato de escola estão mudando e, com isso,
 obrigando a olhar as coisas de forma diferente.
O enfrentamento com formas de existência antes não reconhecidas,
 isoladas em outros espaços, encobrindo a dor que assim ficava anestesiada,
 vai produzindo fatos novos, revisando e criando práticas, sacudindo a própria 
condição de pensamento do mundo.
Não há mais como anestesiar a dor. Os enigmas estão expostos.

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