domingo, 24 de outubro de 2010

Duas equipes de Niterói disputam Estadual de rúgbi adaptado

Niterói

Duas equipes de Niterói disputam Estadual de rúgbi adaptado



No próximo dia 6 de novembro, Niterói levará duas equipes para disputar o Campeonato Estadual de Rúgbi Adaptado, no Sesc da Barra da Tijuca. Os dois grupos vestirão os uniformes da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef). A entidade socorreu provisoriamente os atletas — ex-IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência) — que, desde maio, perderam espaço para treinar — o Caio Martins entrou em reforma — e lutam para manter a equipe. 
— Seremos a equipe Andef 2. O importante é a gente não perder o ritmo de jogo. O grupo ficou desmotivado. Alguns, para não perder a forma, estavam treinando em garagem de prédio — conta Luiz de Castro, de 33 anos, ex-jogador do IBDD. — Com o Caio Martins em obra, o pessoal da Andef deixou a gente treinar com eles.
A boa notícia é que, logo depois do campeonato, Castro e seus nove companheiros de equipe vão passar a fazer parte da equipe da Associação de Pais e Amigos Excepcionais do Banco do Brasil (APABB).
O rúgbi adaptado ou quadrúgbi é jogado em qualquer quadra de basquete com uma bola de vôlei. De semelhança com o esporte tradicional, apenas o nome. Cada equipe é formada por 12 jogadores de ambos os sexos, mas em quadra só jogam quatro. 

Para manter o equilíbrio entre os times, todos os atletas são classificados. A classificação depende das habilidades físicas de cada um. A pontuação varia entre 0.5 (mais comprometido) e 3.5 (menos comprometido). Cada time pode ter no máximo 8 pontos. 

Na linha de fundo da quadra é delimitada uma área chave (8m x 1,75m). A linha do gol é demarcada por dois cones em cada ponta desse espaço. Pontua o atleta que consegue cruzar a linha com a posse de bola. 

— Podem jogar tetraplégicos, vítimas de poliomielite, de paralisia cerebral e amputados (com quatro membros afetados) — explica Carlos Sigmaringa, técnico da equipe principal da Andef, que treina três vezes por semana na sede da associação. — O mais interessante desse esporte é que muitos tetraplégicos faziam parte de equipes de basquete, mas quase nunca jogavam por terem menos mobilidade. O rúgbi adaptado recebeu os excluídos do basquete.

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