sexta-feira, 10 de julho de 2015

O Processo de Ensino do Judô Para Pessoas com Deficiência Visual

O Processo de Ensino do Judô Para Pessoas com Deficiência Visual

Por: Gabriela Simone Harnisch.
85 páginas. 2014 28/11/2014
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Resumo

O judô envolvendo pessoas com deficiência visual é uma modalidade paralímpica que envolve poucas adaptações em relação às regras, apenas aplicam-se algumas para garantir a prática de forma segura aos praticantes. Porém, encontram-se algumas diferenças em relação ao judô convencional no que tange o processo de ensino e aprendizagem, e neste sentido, o objetivo do presente estudo foi de verificar as práticas pedagógicas utilizadas por professores no processo de ensino e aprendizagem do judô para pessoas com deficiência visual. Para tanto, o estudo caracterizou-se como um survey, tendo como instrumento para coleta de dados um questionário elaborado, testado e aplicado pelos pesquisadores. A amostra foi composta por 14 professores e/ou técnicos dos atletas participantes da I Etapa do Grand Prix Infraero de Judô para cegos, realizada no dia 26 de abril, na cidade de São Paulo, sendo que todos os professores possuem graduação em Educação Física, sendo que 3, dentre os 14 professores, relataram trabalhar apenas com alunos com deficiência. Quanto aos métodos de ensino, 11 professores afirmaram que tentam inicialmente trabalhar de forma verbal, de forma a estimular a verbalização, e posteriormente, pautam-se no tato. Outros 3 professores utilizam-se somente do tato. Os demais professores utilizam-se da tutoria. A metade dos professores apresentou em seu discurso a preocupação em conhecer os seus alunos, identificando os estágios de desenvolvimento motor que se encontram, para que a partir de então possam elaborar as suas aulas. Assim, percebeu-se que os professores, em sua maioria, preocupam-se com o desenvolvimento global de seus alunos com deficiência, utilizando-se de métodos de ensino que propiciem maior estimulação, partindo do conhecimento já existente e das vivências motoras já experimentadas; mas, muitos professores ainda não se atentaram a isso. Espera-se que, com o presente estudo, seja possível auxiliar e subsidiar a elaboração das práticas pedagógicas de professores que almejam ensinar o judô à pessoas com deficiência visual.

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