Posted: 10 Jul 2012 08:16 AM PDT Muito antes de ensinar crianças a ler e escrever, escola e família devem estar preparados para lidar com uma série de outras necessidades que vão garantir que o aluno se desenvolva plenamente durante os anos seguintes. Voltada a crianças de zero a seis anos, a Educação Infantil é uma obrigação do Estado, mas inserir ou não a criança no ambiente escolar durante essa etapa é uma escolha da família. Especialistas afirmam que as diretrizes pedagógicas estão melhorando a qualidade do ensino, mas a área ainda apresenta carências. Segundo a diretora da Divisão de Educação Infantil e Complementar (DEdiC) da Unicamp, Roberta Borges, a escola precisa prestar atenção às necessidades das crianças nesta etapa, que diferem dos alunos mais velhos. "A educação infantil esbarra na formação do professor e na organização de espaços. O professor realmente preparado deve realizar um trabalho voltado ao desenvolvimento da criança, e não apenas adaptar aquilo que é proposto aos estudantes maiores", diz. De acordo com Roberta - também organizadora do 2º Fórum Internacional de Educação Infantil, realizado em novembro -, a Educação Infantil deve voltar-se às habilidades cognitivas sem deixar de lado o desenvolvimento afetivo e físico. "É preciso ensinar valores, regras, limites, como se relacionar bem com o outro. Esses pontos não recebem muita atenção das escolas. O físico também é muito importante. Ela deve aprender a cuidar do corpo, se alimentar de maneira saudável, ter uma rotina, se trocar", exemplifica. Segundo a professora, o desenvolvimento nos primeiros anos de escola - principalmente entre zero e três anos - é essencial para a formação posterior. "As experiências devem ser mais pausadas, para que ela realmente compreenda aquilo que está acontecendo e se desenvolva de acordo com sua faixa etária", diz. As Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, que contemplam normas de credenciamento e indicadores de qualidade, são responsáveis por regulamentar creche, frequentada de zero a três anos, e pré-escola, que antecede o Ensino Fundamental. Segundo a presidente da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar de São Paulo (Omep/SP), Vera Miles, nessas duas etapas, a preocupação está voltada ao desenvolvimento pessoal, estimulando atividades lúdicas, a linguagem artística e oral, além de jogos simbólicos. "É uma fase para brincar. Os alunos são desafiados a resolver conflitos, cooperar e se relacionar", diz. De acordo com a professora, a Educação Infantil tem avançado muito em relação a legislação, diretrizes e propostas pedagógicas, que tem o objetivo de garantir um ambiente adequado e seguro. Mesmo assim, garante, um dos maiores problemas está ligado à falta de preparo dos educadores. "Esses professores não sabem trabalhar com a família, com a comunidade, e isso reflete no espaço em que a criança passa a maior parte do tempo", afirma. A especialista também aponta problemas nos ambientes aos quais os alunos são expostos. "As instituições têm pouco material estimulante, poucos equipamentos adequados e hoje está sujeita a se tornar muito acadêmica. Isso porque os professores não tem uma visão prática das atividades que devem realizar em sala de aula", sugere. Mudança na idade mínima gerou polêmica Recentemente, uma mudança na idade mínima para frequentar o ensino fundamental também gerou polêmica entre especialistas. Anteriormente, a idade para cursar a 1ª série era de sete anos. Com a nova lei, crianças que completam seis anos até 31 de março estão aptas a cursar o 1º ano - que surgiu para servir de ponte entre as duas etapas. "A entrada no Ensino Fundamental aos seis anos preocupa porque os professores não estão preparados para lidar com esses alunos, que requerem uma metodologia diferente. A criança vai para o 1º ano e passa a ficar a maior parte do tempo sentada, seus pezinhos não alcançam o chão. Só que ela deveria estar brincando, já que a vivência deve ser a base desses primeiros anos", pontua. A professora Roberta chama a atenção para a adequação do 1º ano de Ensino Fundamental. Segundo ela, é preciso dar continuidade ao trabalho que teve início nos anos anteriores. "Nessa faixa etária, não dá para avançar o conteúdo. É importante que ela continue construindo um raciocínio próprio de sua idade, que tenha, sim, atividades de leitura e escrita, mas que não haja uma antecipação dos conteúdos. Forçar uma evolução fora das possibilidades de sua faixa significaria um retrocesso", alerta. Por outro lado, a especialista aponta aspectos positivos na alteração: "A educação infantil não é obrigatória, mas o ensino fundamental é, e essa mudança faz com que todas as crianças ganhem um ano a mais de desenvolvimento." A nova resolução aponta que, agora, os conteúdos do 2º ano equivalem à 1ª série de antigamente, permitindo que o aluno passe por um ano de adaptação a uma estrutura de ensino diferente daquela a que estava acostumada. |
Posted: 10 Jul 2012 05:48 AM PDT Giovanna tem três anos e está na escolinha há quase 12 meses. Graças às aulas, passou a se expressar melhor, enriqueceu o vocabulário, ficou mais sociável e segura, começou a comer frutas e vegetais e sabe contar até 10 e falar as cores em inglês. Apesar de não entender, ela expressa como a educação infantil, período que compreende a creche e o jardim de infância, pode ajudar no crescimento das crianças e prepará-las para um desenvolvimento adequado. Curta nossa página no Facebook Siga nosso twitterMais do que um lugar em que os pequenos ficam enquanto os pais trabalham, a pré-escola é um período de preparação à vida escolar e à convivência em sociedade, afirma Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. "Os seis primeiros anos da idade são fundamentais para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Quando bem trabalhados os conteúdos, todas as aprendizagens futuras vão se assentar nesse processo inicial", afirma a especialista em educação infantil. Matricular os filhos na escola com essa idade não é obrigatório para os pais. Entretanto, devido à Emenda 59/2009, a partir de 2016 nenhuma instituição pode alegar falta de vagas para recusar alunos a partir de quatro anos. De qualquer forma, mesmo que hoje o ensino seja opcional, Maria Ângela aconselha os pais a colocar os filhos desde cedo na escola. "É importante porque a criança se socializa, é estimulada do ponto de vista afetivo, cognitivo e social, e tem a possibilidade de desenvolver toda uma parte de coordenação motora e uma parte artística que podem ajudar no aprendizado posterior", explica. Crianças demonstram desenvolvimento Um dos fatores que levou a assessora de comunicação Elaine Cecília Nishiwaki a colocar a filha Giovanna, na época com dois anos, em uma escolinha na cidade de São Paulo foi a proximidade com o inglês. Mas não foi só isso. "A facilidade de aprender as coisas, de se relacionar com outras crianças e com outras pessoas, e o quanto isso vai ser benéfico no mundo em que vivemos hoje em dia, tudo isso me motivou", afirma. Além das atividades comuns em diversas escolas, a escolinha da pequena oferece capoeira, balé, culinária e cuidados com hortas. Para a fonoaudióloga e professora carioca Lucélia Rodrigues de Sousa, optar por matricular o filho Artur, de dois anos, na educação infantil, foi uma escolha que levou em conta o fato de a creche proporcionar experiências que o pequeno não tinha no lar. "Eu entendo que a criança precisa de um ambiente que vá ajudar a desenvolver as inteligências dela. Muitas vezes, em casa, não temos esse ambiente que a escola pode proporcionar, em que podem ser trabalhadas regras e a socialização", afirma. Após somente dois meses, a mãe já notou que Artur está com a coordenação motora mais trabalhada, segura o lápis de forma mais adequada, pinta melhor, presta mais atenção nas historinhas, organiza melhor as falas e incorporou novas palavras no dia a dia. Por fim, o garoto agora tem mais facilidade em se relacionar. "Antes, aqui no condomínio, mesmo junto de outras crianças, ele brincava sozinho. Agora, ele brinca com elas", conta. Para que todo esse aprendizado tenha sucesso, a professora da PUC-SP explica que o professor vai sempre trazer os saberes à realidade infantil. "Quanto mais próximo do cotidiano dela, mais rápido ela aprende, porque vai entender no que vai usar esse conhecimento", elucida. Seja pulando amarelinha e descobrindo que pular duas casas é menos do que pular cinco, o que importa é que a criança se divirta. Se ela aprende enquanto brinca, melhor ainda. "Atividades rotativas" são opção para não cansar os alunos A especialista Maria Ângela afirma que, para não cansar ou saturar os pequenos, é preciso fazer com que encarem todas as atividades como brincadeiras. Assim, não há uma divisão do ensino por matérias. "Quando a gente fala de conhecimentos matemáticos ou de português, a gente fala em fins didáticos, mas no contexto de dia a dia, a criança vai aprender tudo isso muito relacionado", afirma. No colégio paulistano Dante Alighieri, por exemplo, os professores contam histórias, oferecem atividades como pintura e perfuração para melhorar a coordenação motora, trabalham com sílabas para desenvolver a consciência fonológica e fazem rodas de conversa, brincam com rimas, lendas e trava-línguas para trabalhar a oralidade. O processo educativo é divertido e as atividades fazem com que a criança se desenvolva sem notar que está aprendendo. |
Posted: 10 Jul 2012 02:15 AM PDT Dermatoglifia nada mais é do que um método científico no qual se estuda as impressões digitais (ID). Através deste método é possível verificar as potencialidades genéticas de cada indivíduo como, por exemplo, aptidões esportivas e também detectar patologias no desenvolvimento. Este método é mais utilizado na área do desporto, para descobrir talentos e analisar suas qualidades físicas direcionando o atleta, por exemplo, para a área em que tem maior potencial. Este direcionamento é feito através do estudo dos desenhos das digitais, onde cada desenho tem um significado. digitais-arco ARCO: muita força, porém seu ponto fraco é a coordenação motora. presilhas PRESILHA: velocidade e explosão. digitais-verticilo VERTICILO: prevalência de força, velocidade e resistência. Este estudo acontece da seguinte forma: coleta-se as ID’s dos dez dedos das mãos e verifica-se o desenho que as linhas formam (Arco, presilha ou verticilo), o índice delta que é a coerência das linhas que formam o tipo de desenho, além de contar a quantidade de linhas de cada desenho. São estes fatores que determinam a predominância do tipo de fibra muscular. Você sabe aquelas perguntas as quais nunca tem a resposta? Como por exemplo, por que você cansa muito rápido quando pratica atividades aeróbicas? Ou por que as respostas aos seus treinamentos não são iguais aos de seu amigo apesar dos treinos serem iguais? A reposta está nas fibras musculares, pois cada corpo reage de maneira diferente ao estímulo ou treino, de acordo com a fibra muscular predominante. Basicamente, existem dois tipos de fibras musculares: as fibras musculares lentas ou vermelhas que são caracterizadas pela predominância da resistência e as fibras musculares rápidas ou brancas que são caracterizadas pela capacidade de gerar muita força e velocidade, mas seu ponto fraco é a rápida fadiga. Depois de descobrir o tipo de fibra muscular predominante, será possível prescrever o exercício mais indicado ou também pode contribuir para a escolha do esporte em que você poderá ter mais sucesso. Exemplificando: se você possuir uma predominância de fibras lentas, o exercício mais indicado deverá ser o aeróbio, pois o seu forte é a resistência, com isso os esportes mais indicados seriam provas de longa duração como maratonas, travessias e corridas, além de treinar seu ponto fraco que é a força. Se você possuir predominância de fibras rápidas, musculação seria mais indicado, pois ganha força e hipertrofia muito rápido. Dentro do esporte o melhor seria a escolha de alguma modalidade que envolva explosão (força e velocidade), provas de natação e corridas de velocidade em curta distância, saltos e lançamentos, por exemplo. E é claro não deixar de treinar seu ponto fraco que é a resistência. Concluindo, esta informação é de suma importância, pois através da dermatoglifia verificam-se seus pontos fortes e fracos, auxiliando na prescrição dos exercícios mais indicados os quais seu corpo responderá melhor. Dessa forma, os treinos serão mais prazerosos e eficazes e os resultados serão mais rápidos deixando-o muito mais motivado para a prática de atividades físicas. Muitas pesquisas já foram e estão sendo realizadas, e a maioria conclui que a dermatoglifia é de grande importância para identificar o perfil do atleta e indicá-lo para a modalidade mais adequada. E dessa forma contribui para a descoberta de novos talentos para os diversos esportes brasileiros de alto rendimento. |
Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
terça-feira, 10 de julho de 2012
Dermatoglifia - Jornal Nacional 21/02/2010
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