A Câmara de Viana do Castelo já tinha ameaçado não autorizar a realização de uma tourada com anões, prevista para o próximo dia 22 em Mazarefes, mas, ontem ao final da tarde, anunciou que já tinha indeferimento o pedido de licenciamento do espectáculo.
O pedido de licenciamento deu entrada na autarquia durante a manhã. O requerimento, entregue pela Comissão de Festas de S. Simão, solicitava, em rigor, o licenciamento da instalação da arena amovível onde decorreria o espectáculo e a isenção de taxas pela ocupação do espaço público. O indeferimento da autarquia foi fundamentado com a deliberação camarária de 27 de Fevereiro de 2009, que declarou Viana do Castelo o primeiro município português antitouradas.
A decisão, tomada então pela gestão socialista liderada por Defensor Moura, proíbe "a realização de qualquer espectáculo tauromáquico no espaço público ou privado do município, sempre que ele dependa de qualquer autorização a conceder pela autarquia".
Horas antes de ser conhecida a decisão do município, José Razão, gerente da empresa Razão Produções, responsável pela realização do espectáculo, declarou ao PÚBLICO que, caso o evento fosse chumbado, iria "pedir explicações" à autarquia, não descartando sequer a possibilidade de agir judicialmente contra o município. "Será uma decisão a tomar numa reunião entre nós e a comissão de festas, porque, até agora, já ocorreram gastos de uma determinada monta que terão de ser suportados por alguém", disse.
No entender de José Razão, que se diz defensor dos direitos dos animais e contra o sofrimento infligido aos touros nas corridas tradicionais, não há justificação para a inviabilizar um espectáculo de "humor taurino", com anões a fazerem acrobacias com touros pequenos. O responsável da empresa, com sede em Barcelos desde 2001, argumentou que "não se trata de uma tourada, como querem fazer crer", mas apenas de pura diversão "para fazer rir o público". "Há uma diferença entre animais que são molestados fisicamente e animais que são usados para molestar os anões e os acrobatas", sustentou.
A Razão Produções lançou a "tourada de anões" em 2005 e, nesse mesmo ano, chegou a realizar um espectáculo em Viana, na freguesia de Cardielos. O evento implica a montagem de uma arena amovível com capacidade para acolher 2300 espectadores.
José Razão explicou que este espectáculo é apenas uma das áreas de negócio da empresa, criada para ajudar as comissões de festas na angariação de fundos. "Se o município não autorizar o espectáculo de Mazarefes, pode até inviabilizar a realização das festas de S. Simão no próximo mês de Agosto", advertiu.
A Comissão de Festas de S. Simão, que só ontem de manhã entregou o pedido de licenciamento na autarquia, está há vários dias a divulgar a tourada com anões A entrada custa 10 euros para adultos e cinco para crianças. Pela freguesia da margem esquerda de Viana encontram-se expostos vários cartazes e há flyers de promoção do evento em circulação.
Esta semana, quando foi questionado pelo PÚBLICO sobre a tourada com anões, o presidente da câmara, José Maria Costa, manifestou-se incrédulo. E avisou que seria firme na recusa em autorizar a realização do evento. "Estamos numa sociedade civilizada, temos todos que fazer um esforço para encontrar formas de recreio e lazer à luz dos princípios civilizacionais que hoje temos. Tudo o que seja explorar e maltratar animais, não contará com a nossa colaboração", disse.
O pedido de licenciamento deu entrada na autarquia durante a manhã. O requerimento, entregue pela Comissão de Festas de S. Simão, solicitava, em rigor, o licenciamento da instalação da arena amovível onde decorreria o espectáculo e a isenção de taxas pela ocupação do espaço público. O indeferimento da autarquia foi fundamentado com a deliberação camarária de 27 de Fevereiro de 2009, que declarou Viana do Castelo o primeiro município português antitouradas.
A decisão, tomada então pela gestão socialista liderada por Defensor Moura, proíbe "a realização de qualquer espectáculo tauromáquico no espaço público ou privado do município, sempre que ele dependa de qualquer autorização a conceder pela autarquia".
Horas antes de ser conhecida a decisão do município, José Razão, gerente da empresa Razão Produções, responsável pela realização do espectáculo, declarou ao PÚBLICO que, caso o evento fosse chumbado, iria "pedir explicações" à autarquia, não descartando sequer a possibilidade de agir judicialmente contra o município. "Será uma decisão a tomar numa reunião entre nós e a comissão de festas, porque, até agora, já ocorreram gastos de uma determinada monta que terão de ser suportados por alguém", disse.
No entender de José Razão, que se diz defensor dos direitos dos animais e contra o sofrimento infligido aos touros nas corridas tradicionais, não há justificação para a inviabilizar um espectáculo de "humor taurino", com anões a fazerem acrobacias com touros pequenos. O responsável da empresa, com sede em Barcelos desde 2001, argumentou que "não se trata de uma tourada, como querem fazer crer", mas apenas de pura diversão "para fazer rir o público". "Há uma diferença entre animais que são molestados fisicamente e animais que são usados para molestar os anões e os acrobatas", sustentou.
A Razão Produções lançou a "tourada de anões" em 2005 e, nesse mesmo ano, chegou a realizar um espectáculo em Viana, na freguesia de Cardielos. O evento implica a montagem de uma arena amovível com capacidade para acolher 2300 espectadores.
José Razão explicou que este espectáculo é apenas uma das áreas de negócio da empresa, criada para ajudar as comissões de festas na angariação de fundos. "Se o município não autorizar o espectáculo de Mazarefes, pode até inviabilizar a realização das festas de S. Simão no próximo mês de Agosto", advertiu.
A Comissão de Festas de S. Simão, que só ontem de manhã entregou o pedido de licenciamento na autarquia, está há vários dias a divulgar a tourada com anões A entrada custa 10 euros para adultos e cinco para crianças. Pela freguesia da margem esquerda de Viana encontram-se expostos vários cartazes e há flyers de promoção do evento em circulação.
Esta semana, quando foi questionado pelo PÚBLICO sobre a tourada com anões, o presidente da câmara, José Maria Costa, manifestou-se incrédulo. E avisou que seria firme na recusa em autorizar a realização do evento. "Estamos numa sociedade civilizada, temos todos que fazer um esforço para encontrar formas de recreio e lazer à luz dos princípios civilizacionais que hoje temos. Tudo o que seja explorar e maltratar animais, não contará com a nossa colaboração", disse.
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