segunda-feira, 1 de junho de 2015

Dr. Alberto Costa fala sobre sua pesquisa com pessoas com síndrome de Down em congresso sobre saúde

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Dr. Alberto Costa fala sobre sua pesquisa com pessoas com síndrome de Down em congresso sobre saúde

Alberto Costa e sua filha, Tyche
Alberto Costa e sua filha, Tyche
Foi realizado em São Paulo entre os dias 14 e 17 de maio o VI CISCA – Congresso Internacional da Saúde da Criança e do Adolescente – onde estiveram reunidos dezenas de especialistas que discutiram os mais variados temas ligados às crianças e adolescentes. Simultaneamente a este congresso, aconteceram simpósios relacionados e um deles foi o V Simpósio Internacional sobre síndrome de Down na interface da Criança e do Adolescente.
O Dr. Alberto Costa, médico e pesquisador brasileiro radicado nos Estados Unidos há cerca de duas décadas, foi o presidente de honra do CISCA e um dos palestrantes internacionais convidados. O médico faz pesquisa básica na área da genética e da síndrome de Down, tendo participado inclusive do desenvolvimento do modelo animal mais utilizado hoje em dia para o estudo da síndrome, o camundongo Ts65Dn. Costa, que tem uma filha adolescente com síndrome de Down, há muitos anos vem estudando a droga memantina e seus possíveis efeitos na cognição de pessoas com síndrome de Down. Inicialmente estudou nos camundongos com resultados promissores. Ressaltou, porém, durante uma de suas apresentações no CISCA, que “os camundongos não são pessoas em miniatura, por isso precisamos dos estudos clínicos”.
Em 2012 publicou o primeiro estudo clínico em pessoas com síndrome de Down tentando estabelecer a segurança e eficácia dessa droga em pessoas com a síndrome. A hipótese era de que a memantina seria capaz de melhorar os resultados de avaliações neuropsicológicas, que são testes das funções cognitivas, dependentes do hipocampo nos jovens participantes. Embora não tenha sido demonstrada melhora em todos os resultados analisados, percebeu-se que, para alguns indivíduos que participaram no estudo, em um dos parâmetros analisados – o teste California Verbal Learning Test II – houve significante melhora na memória verbal.
De posse desse resultado, Dr. Alberto planejou um estudo maior com o objetivo de avaliar a real significância dessa droga. Esse novo estudo será realizado ao mesmo tempo no Brasil e nos Estados Unidos, sendo que espera-se a participação de 80 jovens brasileiros e 120 jovens americanos. A investigação está sendo financiada pelo Instituto Alana. Dr. Costa informa que o recrutamento dos voluntários que tomarão parte no estudo deve começar em alguns meses, assim que for finalizada toda a burocracia necessária e a submissão do projeto aos comitês de ética dos centros onde será realizado. Dentre os critérios de inclusão para a participação estão ter idade entre 15 e 32 anos, ter síndrome de Down por trissomia livre ou translocação completa, boa saúde, exames laboratoriais normais, não utilização de qualquer droga experimental e ser capaz de tomar as duas cápsulas de memantina diariamente. Não poderão participar do estudo jovens com síndrome de Down que pesem menos que 40 quilos, que tenham doenças psiquiátricas ou neurológicas, que estejam em tratamento com drogas psicotrópicas ou se que utilizam drogas ilícitas ou álcool, história recente de convulsões, ou que tenham doenças infecciosas ou que atrapalhem a absorção intestinal (a lista completa dos critérios de inclusão e exclusão podem ser encontrados aqui).
Os 200 participantes serão divididos em dois grupos, sendo que metade o grupo tomará a memantina e o restante placebo (um comprimido sem nenhuma droga). Como trata-se de um estudo randomizado, duplo-cego, que é a melhor metodologia para se estudar eficácia e segurança de drogas, nem o investigador, nem o participante saberão o que estão recebendo. Ao final do estudo, que tem a duração de 16 semanas, o farmacêutico designado para a randomização revelará quais participantes receberam a medicação alvo do estudo e quais receberam placebo.
O Dr. Alberto Costa estima que sua equipe necessitará de aproximadamente três anos para a coleta dos dados e a publicação dos resultados. Enfatiza que mesmo que o estudo demonstre que a memantina tenha uma boa ação, ainda será necessário um novo estudo onde a duração do tratamento seja de pelo menos dois anos. Isto porque, para que a memantina seja reconhecida cientificamente como uma droga que realmente tenha o propósito de melhorar a cognição de pessoas com síndrome de Down, é preciso que ela demonstre bons resultados não somente nos testes neuropsicológicos utilizados como parâmetros nos estudos preliminares, mas que também tenha a real capacidade de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. E para isso serão necessários os estudos de duração mais prolongada.
Atualmente existem inúmeras pesquisas com diferentes drogas acontecendo em vários laboratórios ao redor do mundo com o objetivo de otimizar funções cognitivas de pessoas com síndrome de Down. Ficamos na torcida para que esses pesquisadores tenham o financiamento necessário para finalizar suas pesquisas e que continuem estudando e nos dando esperança de poder, num futuro próximo, lançar mão de opções terapêuticas seguras e eficazes que façam diferença na vida de nossos filhos ou pacientes com síndrome de Down.

Por Ana Claudia Brandão
Foto: Arquivo / The New York Times

É possível contribuir para os estudos do Dr. Costa com doações para a Universidade Case Western, no Ohio, EUA, aqui: http://case.edu/forwardthinking
Como fazer a doação:
Clique em “Give Now” (Contribua Agora)
Em “Gift Amout”, escreva o valor que pretende doar (as doações são em dólar, sem centavos)
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Vai aparecer uma caixa de diálogo com várias opções. Desça o cursor e selecione a última opção: “Other – Please specify in Special Instructions” (Outro – Por favor especifique em Instruções Especiais). Depois, clique em “Continue”.
No retângulo “Special Instructions” (Instruções Especiais), escreva: Dr. Costa Down syndrome Program
Em seguida, preencha os campos solicitados com seus dados pessoais e clique no final em “Proceed to billing information” (continue escrevendo as informações para o pagamento).
Preencha com os dados de seu cartão de crédito.
No final, aparecerá uma mensagem dizendo que a doação foi realizada com sucesso e você também receberá um e-mail confirmando a transação.

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