sexta-feira, 12 de junho de 2015

Melhor do mundo no basquete em cadeira de rodas, Patrick Anderson volta a defender o Canadá Após medalha de prata em Pequim-08, jogador se aposentou da seleção canadense, mas voltou para participar dos Jogos Paralímpicos de Londres


Patrick Anderson (Foto: Arquivo pessoal)
A medalha de prata em Pequim-2008 deixou feridas em Patrick Anderson. Considerado o melhor jogador de basquete em cadeira de rodas do mundo, o ala resolveu se aposentar da seleção do Canadá, que desperdiçou a chance de se tornar tricampeã paralímpica ao perder a final para a Austrália, que domina a modalidade desde então.
Até o ano passado, ele defendeu times semiprofissionais na Alemanha e Austrália. O problema (para os adversários, no caso) é que Anderson gosta de desafios. Aos 33 anos, o jogador está de volta ao time nacional e, na Paralimpíada de Londres, virou a principal esperança canadense para retomar a hegemonia nas quadras. Ao lado de Richard Peter (39), Dave Durepos (42) e Joey Johnson (37), forma o quarteto que foi bicampeão dos Jogos em Sydney-2000 e Atenas-2004.
O camisa 12 tem média de 30 pontos nos quatro jogos em que disputou em Londres. Em uma comparação apenas numérica, Kevin Durant terminou a última temporada da NBA, a liga americana de basquete, como cestinha e média de 28 por partida. Neste domingo, na Basketball Arena, Anderson registrou um triplo-duplo (25 pontos, 15 rebotes e 12 assistências) na vitória diante da Alemanha por 73 a 66, garantindo o Canadá nas quartas de final. Invicto, o país só cumpre tabela na segunda-feira, diante da Colômbia.
– Pequim foi frustrante. Estávamos distraídos. Estou gostando dessa volta, sentir de novo o clima de competição. Esse time tem energia, dedicação – analisou, após o jogo deste domingo, Anderson, que perdeu as pernas aos 9 anos, num acidente de carro.
Anderson participou dos Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Enquanto o público que acompanhou a modalidade se impressionou com seu jogo intenso, ele ficou fascinado pelas belezas naturais. Resolveu curtir férias após o evento e gostava de ir à praia tocar violão – a música é outra paixão de sua vida. No entanto, ele despista se seguirá mais um ciclo para voltar à cidade na Paralimpíada de 2016.
– Nada é impossível. Para ser honesto, não sei. O Rio é lindo, mas minha cabeça está em Londres.


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