São Paulo deverá incluir exercícios na prescrição médica
Médicos vão receber treinamento para recomendar atividade física aos pacientesMARIANA VERSOLATODE SÃO PAULO
OBSERVAR A RESOLUÇÃO 218/97 DO CONSELHO NACIONAL DE SAUDE, ONDE DEFINE QUE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SÃO CONSIDERADOS PELO CNS COMO " PROFISSIONAIS DE SAÚDE"
http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=193
Um programa norte-americano que treina os médicos para que eles recomendem e prescrevam exercícios físicos a seus pacientes será lançado nesta quarta no Brasil.
O projeto "Exercise is Medicine" foi criado em 2007 pelo American College of Sports Medicine e pela American Medical Association e visa capacitar profissionais da área da saúde para a adição da atividade física aos tratamentos convencionais.
"Queremos que os profissionais entendam os benefícios da atividade física. A maioria ainda tem receio, acha que o paciente pode quebrar algo, ter um infarto, mas ele tem muito a ganharcom a inserção da atividade moderada no dia a dia", diz Sandra Mahecha Matsudo, médica e diretora-geral do Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul).
O centro é parceiro do American College of Sports Medicine há anos e foi o escolhido para liderar o "Exercise is Medicine" no Brasil.
RECEITA ESPECÍFICA
A ideia é que o médico aprenda a prescrever a atividade física para o paciente, de acordo com sua condição, e o indique para um profissional de educação física.
O programa americano tem "prescrições" de exercícios para diferentes doenças, como câncer, alzheimer, hipertensão e esclerose múltipla.
O projeto começará em São Paulo, numa parceria do Celafiscs com a Secretaria de Estado da Saúde e o apoio da Associação Médica Brasileira e da Associação Paulista de Medicina.
Nesta semana, 150 profissionais receberão treinamento, incluindo médicos, enfermeiros, educadores físicos e fisioterapeutas de 14 instituições -entre elas, Hospital das Clínicas da USP, hospital Albert Einstein, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e as sociedades brasileiras de diabetes e cardiologia.
O programa deve ter seu acesso ampliado para o Estado por meio de uma rede virtual de capacitação. No futuro, haverá também uma discussão com o Ministério da Saúde sobre como levar o curso para todo o país.
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