sábado, 27 de outubro de 2012

Prática esportiva ajuda no tratamento de crianças portadoras de autismo


Reportagem do EE leva os pais a inscreverem a menina Alana França na ginástica artística, o que possibilitou sua interação física e social
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
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Cerca de dois milhões de brasileiros sofrem de autismo. Entre eles está Alana França, de apenas quatro anos. Seus pais, Fabíola e Renato, utilizaram a música como forma de estimular a filha. Porém, não foram as notas musicais as responsáveis pela maior evolução da criança. Alana passou a interagir com o mundo através da ginástica artística.
- Ela era uma criança muito fechada e, hoje em dia, a gente nem precisa falar. Quando vem para o Rodrigo, ela muda completamente – diz a mãe, Fabíola França.
O esporte é uma das melhores  ferramentas para a inclusão social"
Renato, pai de Alana
Rodrigo, a quem se refere, é o professor e o principal responsável pela evolução de Alana. Quando chega na academia, a menina se transforma. Em casa demonstra timidez; mas nas aulas ela corre, pula, dá cambalhota e não se contém de tanta felicidade.
- A ginástica tem a particularidade de ser um esporte muito completo. Trabalha força, equilíbrio, flexibilidade. Pode ser daí o êxito com essas crianças. Eu tento trabalhar com elas do jeito que são, falando comigo, me abraçando ou não – explica o professor Rodrigo Brívio.
Após assistirem a uma reportagem exibida no "Esporte Espetacular" em 2010, a família de Manaus, no Amazonas, encontrou esperança para melhorar a vida da filha. Mudou-se para o Rio de Janeiro para que Alana pudesse interagir física e socialmente através do esporte.
- Vendo essa matéria, a gente decidiu vir para cá em busca de um sonho, de trazer nossa filha para o nosso mundo. A primeira vez que eu a vi abraçando uma pessoa que não seja da família foi lá, com o Rodrigo. O esporte é uma uma das melhores ferramentas para a inclusão social - lembra o pai.
autistas 1 (Foto: Reprodução/TV Globo)Alana brinca com o professor Rodrigo Brívio na aula de ginástica (Foto: Reprodução/TV Globo)
A experiência do psiquiatra Fábio Barbirato com Alana serviu de exemplo para a adoção da prática esportiva no tratamento do autismo em outros pacientes.
- A educação física foi uma consequência de toda essa melhora que ela teve neste um ano, junto com toda a parte motora e social. Ela tem mostrado mais interesse para se sociabilizar, tem melhorado a parte locomotora, o pegar das coisas – explica o especialista.
Alana é uma vencedora. Conquistou medalhas ao lado de mais de 80 atletas na Copa de Ginástica Artística para crianças portadoras de autismo.

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