sábado, 27 de outubro de 2012

Jovem com deficiência física encontra no vôlei a superação de seus limites



Nenhum obstáculo impediu que Vanessa, de 11 anos, praticasse o esporte. A jovem tem o desejo de participar de campeonatos pelo estado de Rondônia

Por Flávio GodoiVilhena
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Não fosse a forma de se locomover com alguma dificuldade ao se apoiar com a perna esquerda, Vanessa Brandt, de 11 anos, passaria desapercebida deixando o público atento ao seu talento como jogadora da equipe pré-mirim da Associação Cerejeirense de Vôlei (ACV), em Cerejeiras (RO).
Vanessa treina há seis meses na ACV (Foto: Rildo Costo/Divulgação)Vanessa (no centro) treina há seis meses na ACV (Foto: Rildo Costo/Divulgação)
Em 2006, Vanessa e sua mãe sofreram um acidente de carro. O episódio provocou a invalidez de sua mãe e lhe causou danos na bacia que, posteriormente afetaram também sua perna esquerda, deixando sequelas.

Vanessa é a primeira aluna com necessidades especiais a ingressar na ACV e compor a mesma equipe dos titulares da partida. Desde que entrou na associação, em abril deste ano, a jovem já surpreendeu os treinadores pela tamanha força de vontade comparecendo em todos os treinos da equipe que acontecem duas vezes por semana.
Quero ser um exemplo"
Vanessa Brandt
- A Vanessa é a prova de que se a pessoa gosta do esporte e tem vontade de querer aprender mais, ela consegue. Ela está superando seus limites e conseguindo um destaque. Então, cobramos dela da mesma forma que cobramos das outras meninas – disse o treinador físico André Garcia.
A opção por praticar o vôlei veio após o convite de uma amiga que já participava da associação. E foi com o esporte que a adolescente viu a possibilidade de elevar sua autoestima e ainda auxiliar na sua recuperação.

- Com o vôlei eu movimento mais as mãos do que os pés. Senti melhora na recuperação física e isso me deixou mais feliz, pois vi que posso ser e sou uma pessoa normal – garante.

O sonho da pequena atleta é participar futuramente de competições pelo estado e cidades vizinhas, exatamente como almejam os 130 atletas que fazem parte da ACV.

- Minha mãe me dá a maior força para continuar na equipe, quero ser um exemplo – conclui.

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