No Rio de Janeiro, um professor de Educação Física descobriu que aulas de Ginástica Olímpica podem ajudar muito; os resultados são surpreendentes.
Para quem brincar é um desafio? No Rio de Janeiro, um professor de EducaçãoFísica descobriu que aulas de Ginástica Olímpica podem ajudar muito. Um sorriso diz muito mais do que as poucas palavras do Guilherme, que tem três aninhos, e só agora, falou "mamãe" pela primeira vez. “Nem acreditei, ele falou, aí ele falou de novo e meu marido disse: ‘você ouviu?’ Eu falei: ‘acho que é e foi emocionante’”, contou a mãe de Guilherme, Bárbara de Jesus.
Guilherme tem autismo, a síndrome que afeta a comunicação, o comportamento e o convíviosocial. “Ele custou a andar, andou com 1 ano e 6 meses. Ele não falava, uma criança com 1 ano já fala, ele não falava nada”, contou a mãe Bárbara de Jesus.
Às vezes, falar não faz falta. Guilherme participou da primeira Copa de Ginástica para Crianças Autistas no Rio de Janeiro. Ele fez exercícios difíceis e se divertiu com a descoberta do que o corpo pode fazer.
A idéia de ensinar ginástica para crianças autistas é do professor Rodrigo Brivio. Os resultados são surpreendentes. “A gente sofre junto, vencemos juntos. É um obstáculo que eles superam aqui dentro e no dia a dia deles”, diz o professor.
São 50 alunos. Turma cheia.
Repórter: Quando você não consegue se comunicar da maneira convencional, como é feita essa comunicação?
Rodrigo Brivio: Através do abraço, do beijo, do carinho.
Rodrigo Brivio: Através do abraço, do beijo, do carinho.
Um menino que vinha tendo aula com o Rodrigo não falava. “Ele tinha parado de falar e não tava falando e no meio de uma aula com os estímulos que ele dá, ele voltou a falar, e isso é emocionante”, contou a professora de Educação Física Simone Correia.
A Juliana é adolescente. Tem 12 anos. Duas vezes por semana, faz as aulas de ginástica com o professor Rodrigo e já melhorou demais a coordenação motora, e a noção de tempo e espaço.
Não importa o estilo que a Juliana vai puxar a corda, nem quanto tempo ela vai levar. O que vale é que quando ela concluir esse circuito, vai saber como é o gostinho de ser campeã.
Não importa o estilo que a Juliana vai puxar a corda, nem quanto tempo ela vai levar. O que vale é que quando ela concluir esse circuito, vai saber como é o gostinho de ser campeã.
A Juliana, o Guilherme, todos os 50 pequenos atletas foram premiados com medalhas. “Muda a vida de um pai. Acho que a gente aprende a ser mais humano, mais humilde. Amar mais”, contou Bárbara de Jesus.
“É uma conquista a cada dia. A gente vê que ela está fazendo com prazer e isso é muito bom para a gente”, disse a mãe de Juliana, Georgia Fonseca.
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