quarta-feira, 24 de novembro de 2010

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Jornal de Angola - Opinião

Filipe Zau| *

Num horizonte de expectativas

Hoje
Em cada momento histórico do desenvolvimento de um país há, obrigatoriamente, a necessidade de haver competências adequadas para um papel social e cívico a ser cumprido. Nesta ordem de ideias, sem uma verdadeira aposta num eficiente paradigma de formação de professores, não há (nem poderá haver) qualidade de ensino, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, nem, posteriormente, quadros que possam preencher as necessidades de crescimento dos diferentes sectores da actividade económica e sociocultural com consequente processo de autonomização da dependência externa.
Giles Ferry considera que o caso da formação de professores apresenta características específicas, que o distinguem de outros tipos de formação, atendendo aos seguintes três aspectos: trata-se, em primeiro lugar, de uma formação em duas vertentes, já que inclui uma componente académica e científica (conteúdos das chamadas Ciências da especialidade) e uma outra componente profissional-pedagógica (conteúdos das Ciências da Educação), independentemente da maior ou menor ênfase concedida a qualquer das vertentes na organização dos diferentes sistemas; a formação de professores tem um carácter profissional, uma vez que a sua finalidade concreta é a de formar pessoas, que irão trabalhar na docência; a formação de professores é uma formação de formadores que decorre da “analogia estrutural entre o lugar físico da formação e o espaço onde decorre a prática profissional”.

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