Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
O Espectro do Autismo
Um texto meu retirado do site: http://www.cepde.rj.gov.br/autismo_sd.htm
VEJAM MAIS SOBRE AUTISMO EM : http://topicosemautismoeinclusao.blogspot.com/2010/02/pinceladas-de-autismo.html
O Espectro do Autismo
" Todas as cores do arco-íris superpostas formam o branco: só a integração de todos com suas diferenças é que pode criar harmonia" Rose Marie Muraro.
< O autismo, ou melhor vamos ampliar para o espectro do autismo, que pode ser de grau leve ao moderado, e inclui também transtornos como Asperger, ou podemos falar de TIDs que são os transtornos invasivos do desenvolvimento que abrangem o Autismo, Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância ( antigo Heller), e o TID não totalmente explicado, ou melhor não apresenta todas as características que o definam como autismo.
Tudo isso parece muito complicado, é que infelizmente hoje temos o diagnóstico de autismo feito observando apenas o comportamento.
Ou seja, se a criança apresenta a tríade de déficts ( dificuldade em comunicação, integração social e imaginação), e preencher os requisitos no DSM -4, então temos uma criança com autismo.
Hoje o diagnóstico pode ser feito desde os 18 meses de idade, e para ser considerado autismo clássico, tem que aparecer antes dos 30 meses de idade.
Sabe-se que é de fundo neurobiológico, com certeza de origem genética, e que se necessita um detonador ambiental para o seu desenvolvimento.
Isto pode ocorrer tanto pré, como peri, como pós parto. Daí o debate atual em torno das vacinas, fatores bioquímicos, pesquisas com relação do que se chama intestino frágil, assim como os celíacos, alguns autistas têm não intolerância mas dificuldades em relação a digestão do glúten e da caseína. Se sabemos que a maior dificuldade do autismo é a comunicação, então os professores, educadores da área, têm que saber lidar com comunicação aumentativa e alternativa, e ambientes estruturados são a peça chave para um bom desempenho em sala de aula.
Daí, ser uma grande dificuldade medir QI de criança autista. Se ela não se comunica e não entende o que o outro quer, como saberá responder? Daí muitos autistas virem sempre acompanhados com o rótulo de retardo mental junto.
Já o comportamento autista, qualquer um de nós pode desenvolver em situação de trauma ou stress. Não sei se vocês se lembrarão do seqüestro de turistas nas Filipinas, em que uma alemã depois de uma semana, apresentou todo um comportamento autista com balanceios de trás para frente, emudeceu... Tem um filme sobre o tema de comportamento autista de uma menina que sofreu o trauma da perda do pai, se chama “ O Enigma das cartas”.
De qualquer maneira , desde já há muito foi por água abaixo, a teoria de mãe geladeira, desenvolvida por Bruno Bettelheim, que muito prejudicou as crianças e as famílias com filhos com autismo. Autismo não é um problema psicológico, é um problema neurobiológico – genético.
Valéria Llacer(mãe de Vinícius- 15 anos - hoje 20 anos!!)
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