terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A diferença entre Escola Inclusiva e Escola Integradora




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Metodologia da Educação Especial


A diferença da Escola inclusiva e da Escola integradora

Esse tema por si só já é bastante polemico e discutido por familiares e educadores do ensino regular, principalmente os que trabalham com educação especial.

O processo de integração resultou em uma separação de dois contextos de educação, que foi a educação regular e a educação especial.

A escola integradora tem como base preparar a criança com deficiência (PcD) para a sociedade, junto com a convívio com as outras crianças de modo que possa se tornar o mais “normal” possível, minimizando assim as suas dificuldades.

A educação especial passou a ser um ensino paralelo, subalterno ao ensino regular.

O conceito da integração surgiu na década de 90, sob o enfoque social, a integração representa uma vida de mão dupla, envolvendo as pessoas com deficiência e a comunidade das pessoas consideradas “normais”.

Com a integração escolar surge uma nova visão de escola, que é de favorecer o desenvolvimento de todos os alunos, de acordo com as suas características pessoas e a características das pessoas que estão a sua volta.

Dessa forma o processo de integração deposita a responsabilidade de suas mudanças diretamente na pessoa portadora de deficiência, de modo que a escola especial limita-se a capacitar e preparar as crianças portadoras de necessidades especiais para a escola regular ou para o trabalho.

O processo de inclusão é mais amplo, vai alem da integração, o objetivo é alcançar todas as crianças, apoiado ao princípio de igualdade e oportunidade para todos, é prerrogativa de que cada um tem interesses e características e necessitam que sejam atendidas no processo educacional.

A escola inclusiva assegura que nenhuma manifestação de dificuldade seja impedimento de aprendizagem do aluno, respeitando sempre diferenças individuais.

A inclusão aliada aos direitos legais assegura as oportunidades das crianças com dificuldades de aprendizagem ou dificuldade física, o acesso a escola regular, mesmo freqüentando a escola especial.

Parte do pensamento de que cada um aprende com o outro e temos que conhecer os nossos próprios limites e respeitar os limites dos outros, mesmo que seja permanente ou provisório.

A concepção de inclusão requer mudanças nas práticas relacionadas aos grupos excluídos.

Com relação as atitudes, temos que rever o modo de pensar, a nossa aceitação, com isso pede-se também mudanças arquitetônicas que possibilitam acessibilidade das crianças portadoras de necessidades especiais.

A escola inclusiva carrega responsabilidades não apenas físicas, mas uma mudança social e educacional, derrubando a barreira do preconceito, da exclusão, essa mudança tem que partir principalmente do professor junto com o aluno e a família, fazendo das dificuldades um desafio para sua carreira, para sua vida. E nunca é tarde relembrar, um mundo inclusivo é um mundo no qual todos tem acesso as oportunidade de ser e estar na sociedade de forma participativa.

Onde a relação entre acesso, oportunidades e características individuais não são marcados por interesses econômicos, ou pela caridade pública. Mas para poder dar continuidade a integração e a inclusão devemos rever o papel do professor, é exatamente aí onde reside o problema que a grande maioria dos nossos colegas professores apresentam.

A grande maioria alega que se sentem “despreparados” e “desmotivados” para a docência de grupos tão diferentes e diversificados, consideram uma tarefa difícil, pois tem os seus baixos salários, pouco estímulo em atuar na área inclusiva, e para fazerem especialização.

Além de que as condições de trabalho para a maioria não favorece em nada. Infelizmente isto não é um exagero.

Desde a sua formação para o exercício do magistério, encontramos sérias falhas, dificultada ainda mais pela falta de formação continuada.

Na inclusão, como professor, precisamos reconhecer num aluno em sala de aula suas dificuldades de aprendizagem e tentar criar diferentes métodos de ensino aprendizagem para que o aluno com dificuldades consiga entender o que o professor ensina.

Mas para isso o professor precisa realmente estar preparado e qualificado, se reciclando para a melhoria do sistema educacional inclusivo.

Um comentário:

Rouberval B. A disse...

O grande obstáculo que se vê na Escola Inclusiva é a formação do professor. O preparo do educador para entender como os alunos, com diferentes modos de percepção, aprendem. O ritmo dado pelo professor nas aulas, geralmente é o mesmo, como se todos aprendessem da mesma forma. Sabemos que nem mesmo os alunos considerados "normais" aprendem do mesmo jeito. Aí, a meu ver, está o X da questão.