segunda-feira, 6 de julho de 2009

Professor de EF muda vida de deficientes físicos

Fonte: PE360graus.com.brPublicidade
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Ele descobre talento em pessoas que já tinham perdido as esperanças; entre os talentos estão ex-moradores de rua e deficientes físicos

Um professor de educação física está mudando a vida de muitas pessoas ao seu redor. Já são 26 histórias que começam com sofrimento e terminam com esperança. Todas elas têm em comum um nome: Luis Araújo, mais conhecido como professor Luisinho. Há dois anos ele descobre talento onde menos se espera.

Uma dessas pessoas foi Maria Quitéria, que foi pedir um esmola e ganhou uma nova vida. “Ela chegou aqui como uma pedinte, como qualquer moradora de rua e a partir daí eu mostrei ela ao grupo. Ela se interessou e começou a trabalhar conosco. Inclusive ela não tinha nem uma identificação, nem uma certidão de nascimento, com a ajuda de outras pessoas nós conseguimos tirar toda a documentação”, contou Luís Araújo.

Atualmente ela está entre paratletas de alto rendimento que incentivadas pelo professor derrubam todas as limitações. “Todo dia eu me ajoelho e rezo para esse professor porque o que ele está fazendo por mim ninguém faz não. Eu agradeço muito a ele porque ele é mesmo que ser meu pai”, completou.

“Ele que me incentiva a fazer melhor nas competições”, disse o paratleta Roberto Jorge. O incentivo é importante, mas não o suficiente. O fim de um convênio com o Ministério dos Esportes tornou tudo mais difícil. “Nós tínhamos profissionais como fonoaudiólogo, como psicólogo, assistente social, médico, enfermeira Ana Nery e hoje esses profissionais nós não temos aqui”, lamentou o professor.

O mais novo desafio é conseguir um ônibus para levar o grupo para a cidade de Natal (RN), onde acontece uma competição neste final de semana. “Eu tenho fé em Deus, aquele lá de cima que eu vou trazer não só medalha, um índice para o brasileiro que é a nossa expectativa”, desejou Tiago Moura.

Além da medalha, a ida da equipe significa um índice, a autoestima e o desenvolvimento de todo o grupo. Roberto Jorge já não precisa da cadeira de rodas pra se locomover. O esporte tem sido um tratamento eficiente. A dedicação do professor só não supera a de Maria José que acompanha o filho em todos os treinamentos. “Hoje eu vejo meu filho um atleta, viajando. É uma coisa maravilhosa, melhor coisa que Deus poderia ter deixado na minha vida”, disse a mãe de Roberto Jorge.

O carinho da mãe foi retribuído em palavras pelo paratleta. “Enquanto eu tiver ela eu jogo a mão pro céu e agradeço muito a Deus, porque quando eu perder ela eu vou ficar sem guia, quem é que vai me guiar”, disse Roberto Jorge.

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