segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MORRE NO RIO DE JANEIRO UM DOS PAIS DO ESPORTE PARAOLIMPICO BRASILEIRO : ALDO MICCOLLIS





Faleceu ontem a noite no Rio de Janeiro, o Professor ALDO MICCOLLIS, um dos pais do esporte Paraolimpico Brasileiro. Aldo era uma das pessoas mais queridas no movimento Paraolimpico e deixará uma lacuna impreenchível no cenário do Esporte Adaptado nacional e internacional.

A Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) é uma entidade brasileira criada com o objetivo de agregar os esportes praticados por portadores de deficiências, principalmente paralisia cerebral. Foi fundada em 1975 pelo professor Aldo Miccollis.

Movimento Paraolímpico no Brasil

Em 1958, o esporte paraolímpico começou a ser praticado em solo nacional. No dia 1º de abril daquele ano, no Rio de Janeiro, o cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis, fundou o Clube do Otimismo.
ldo Miccolis

Desde 1958, o trabalho de Aldo Miccolis, um homem evangélico, diácono batista, foi sempre bastante árduo, no sentido de divulgar o esporte e o direito de cidadania das pessoas com deficiência no Brasil. Naquela época, nada consistente acontecia a respeito. Depois de formar 2 equipes de basquetebol em cadeira de rodas, viajou pelo país, visitando mais de 100 municípios, fazendo exibições e palestras. [+]

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Em 1958, o esporte paraolímpico começou a ser praticado em solo nacional. No dia 1º de abril daquele ano, no Rio de Janeiro, o cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis, fundou o Clube do Otimismo. Meses depois, em 28 de julho, Sérgio Seraphin Del Grande, também deficiente físico, cria o Clube dos Paraplégicos de São Paulo. A data foi escolhida para homenagear os dez anos de Stoke Mandeville.

Ambos os pioneiros se inspiraram em trazer o esporte paraolímpico para o Brasil quando se tratavam de suas lesões em hospitais estadunidenses. Robson e Sérgio tiveram a oportunidade de presenciar a prática esportiva de pessoas em cadeiras de rodas, principalmente no Basquete. No caso de Del Grande, quem mais o incentivou foi Jeyne Kellog, atleta do time Pan Am Jets (a versão paraolímpica da equipe de basquete Globe Troters, que só joga em caráter de exibição).

A primeira participação do País numa competição internacional foi nos II Jogos Parapanamericanos, ocorridos em Buenos Aires no ano de 1969. Os objetivos desta experiência foram: buscar o conhecimento das modalidades que integravam o evento e possibilitar aos atletas brasileiros uma integração com os paraolímpicos do resto do continente. Três anos depois, a pátria esteve representada em sua primeira Paraolimpíada, que teve a cidade alemã de Heidelberg como sede.

No Parapan da Cidade do México, em 1975, o Brasil foi representado por duas delegações, conseqüência da falta de comunicação entre as maiores entidades paraolímpicas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este problema fez com que Stoke Mandeville exigisse a fundação de uma associação nacional. Assim, no avião que retornava do México, foi criada a Associação Nacional de Desporto de Excepcionais, atual Associação Nacional de Desporto de Deficientes-ANDE. Em 78, o País sediou a quinta edição dos Jogos Parapan-americanos, na Cidade Maravilhosa.

Só os cadeirantes competiram. Aldo Miccolis, José Gomes Blanco (presidente da SADEF-RJ) e Celso Coutinho (Clube dos Amigos) formaram a junta governativa do evento.

INSTITUTO ALDO MICCOLIS
Organizado em 28/Ago/2008 tem por objetivo perpetuar o trabalho desse homem dinâmico e altruísta, dedicado a defender, desde 1958, as pessoas portadoras de necessidades especiais. Tornou-se um dos pioneiros do esporte paraolímpico no Brasil. É o Presidente de honra da ABDC - Associação Brasileira de Desportos de Cegos, da ANDE - Associação de Desportos para Deficientes, e do Comité Paraoliímpico Brasileiro.



Em sua festa, comemorativa dos seus 77 anos, a família presenteou-o com a perpetuação de seu sonho, que é sua vida, que é continuar assistindo aos portadores de necessidades especiais, com o Instituto que leva o seu nome. Foi dada posse à Diretoria pelo Pastor João Reinaldo Purin Júnior, da Igreja Batista do Méier, onde a família dedica-se a obras sociais e ao louvor a Deus, e onde aconteceu o memorável evento.

Acima fotos da sua festa, onde contou com apresentação de hinos de sua autoria, cantadas pela esposa Mariuza Fiuza Miccolis, seu filho Mario José Miccolis, e a Cantada Infantil com jovenzinhas, onde estavam inúmeras de suas netas.

Uma Reflexão foi apresentada pelo amigo Diácono e Presidente da Casa Publicadora Batista Almir dos Santos Gonçalves Jr.

Também recebeu uma Moção da Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro por serviços prestados na área da assistência social, tendo presentes família, amigos, autoridades, irmãos evangelicos, os Gideões Internacionais, a vereadora Nereide Pedregal (PDT), Vinicius Cordeiro, o ex deputado Sergio Lomba, e Arley Fagundes, além da esposa do cadeirante Robson Sampaio de Almeida, mentor do Clube do Otimismo.

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´Eu sou o João Havelange do movimento paraolímpico`, comparava, citando o ex-presidente da Fifa e membro do COI (Comitê Olímpico Internacional)

O esporte paraolímpico brasileiro perdeu nesta segunda-feira um de seus dirigentes mais importantes. Um enfarte matou o carioca Aldo Miccolis, de 78 anos, conhecido no movimento paraolímpico como "A Lenda". Seu trabalho começou em 1958, quando foi diretor do Centro Esportivo do Clube do Otimismo, no Rio. Era o embrião do Comitê Paraolímpico. Miccolis ajudou a criar a Ande (Associação Nacional de Desporto para Deficientes).

Participou da fundação da CBDC (Confederação Brasileira de Desportos para Cegos), foi vice-presidente do CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e era o atual presidente de honra da entidade. "Eu sou o João Havelange do movimento paraolímpico", comparava, citando o ex-presidente da Fifa e membro do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Aldo se empenhava ultimamente em abrir um memorial paraolímpico na antiga sede do Clube do Otimismo, no bairro do Meier. "Guardo comigo a primeira medalha paraolímpica do Brasil e a bocha utilizada por Robson Sampaio e Luis Carlos Costa", dizia. A dupla a que se referia alcançou o pódio paraolímpico pela primeira vez na história em Toronto, em 1976.

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