segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Futebol de Anões do CEARÁ

Futebol diferente


Com pinta de gente grande, o Rapadura Cearense é o primeiro time de anões do Ceará

Já no aquecimento eles despertam curiosidade. São hábeis, organizados e pequenos. O Rapadura Cearense é diferente. É o primeiro time cearense formado só por anões. Pelas quadras da cidade, eles desafiam times infantis em partidas de futsal e tentam saltar o preconceito. Jogam por amor e em busca de dignidade. Ontem, no colégio Juvenal de Carvalho, foram convidados especiais de um evento beneficente organizado pela ONG Pequeno Nazareno.

O jogo foi festa solidária para a Pequeno Nazareno. Para o Rapadura Cearense era outra chance de aparecer, de se divertir e, principalmente, de promover sua causa. Em quadra, com toques rápidos, não tiveram dificuldade para ganhar time da instituição, formado por crianças carentes de 11 a 13 anos. Abriram 3 a 1, sofreram aperto, mas ganharam por 4 a 3.

O Rapadura Cearense é muito mais que lazer. “Sempre gostamos de jogar, mas queremos mostrar que somos capazes de qualquer coisa“, diz o organizador do time, Guilherme Negreiros, que é auxiliar dos Correios e um “militante“ da causa contra o preconceito com anões. “Quando se fala em anão, acham logo que vamos fazer palhaçada“, reclama.

Em quadra, Guilherme orienta e lamenta os vacilos do time. Lá atrás, o goleiro não deixa passar nada. Com a vitória do Rapadura, o camisa 1 ergueu os braços e, pela primeira vez, conseguiu relaxar e abrir um sorriso. Era como se mais uma missão da sua luta tivesse sido cumprida. E com direito a aplausos da torcida.

A história
O time surgiu do sonho do educador físico Luciano Martins de Oliveira, 51, em trabalhar com deficientes físicos. “Sempre quis, mesmo antes de entrar na faculdade.“ Depois de tentar emplacar o projeto no Rio de Janeiro e Brasília, Luciano encontrou por aqui o apoio perdido. Hoje o time é composto por 18 atletas e uma comissão técnica de quatro profissionais. Os treinos são sempre aos sábados, na quadra de uum escola, na Parangaba.

Fonte: O Povo Online
Referência: Inclusive - Inclusão e Cidadania

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