segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jornada Paraolímpica estimula prática esportiva de pessoas com deficiência



A jornada cumpriu os propósitos de estimular a formação de universitários e profissionais de Educação Física para o trabalho com pessoas com deficiência e demonstrar as múltiplas potencialidades dessas pessoas para a prática esportiva.

Publicado em 24/10/2011 18:17:46
A primeira edição da Jornada Paraolímpica deu um novo ar ao complexo esportivo da PUC Minas na última semana. Realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Esporte (Smaes), em parceria com a universidade, a jornada cumpriu os propósitos de estimular a formação de universitários e profissionais de Educação Física para o trabalho com pessoas com deficiência e demonstrar as múltiplas potencialidades dessas pessoas para a prática esportiva.O secretário municipal adjunto de Esportes, Fernando Blaser, ressaltou a importância de unir o know how desenvolvido pelo programa Superar, da Smaes, no atendimento a pessoas com deficiência, à competência acadêmica da PUC, para aprimorar as políticas públicas do município nessa área. O chefe de gabinete da reitoria da PUC, Paulo Roberto de Souza, lembrou que a universidade já desenvolve diversos projetos e mantém parcerias nesse sentido. Paulo disse que a PUC tem grande satisfação em ser parceira da Prefeitura no desenvolvimento de ações em favor das pessoas com deficiência.A Jornada Paraolímpica ofereceu uma extensa programação aos 400 participantes, como uma mesa redonda sobre políticas públicas de esporte e lazer para pessoas com deficiência, mediada pelo professor Pedro Américo de Souza Sobrinho, doutor em Reabilitação pelo Instituto de Reabilitação e Esporte Adaptado de Colônia, na Alemanha; minicursos sobre 14 modalidades esportivas adaptadas para pessoas com deficiência; apresentação de 28 trabalhos acadêmicos que abordam o tema sob diversos aspectos; demonstrações práticas de 14 modalidades de esportes adaptados e uma palestra do professor Alberto Martins da Costa, doutor em Educação Física pela Unicamp e pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Uberlândia. DesenvolvimentoAlberto Costa abordou a importância da formação profissional para o desenvolvimento da prática esportiva por pessoas com deficiência, e apresentou um amplo painel sobre a evolução do esporte paraolímpico no Brasil. Segundo ele, tradicionalmente, as pessoas com deficiência são alertadas para as suas limitações. “Nós batalhamos para quebrar esse paradigma e estimular as potencialidades delas”, disse. O acerto dessa ideia é comprovado, na prática, pelo jogador de rúgbi em cadeira de rodas Davi Rodrigues de Abreu, de 22 anos, que participou da demonstração de esportes adaptados. Há pouco menos de dois anos, Davi fraturou uma vértebra da coluna cervical ao mergulhar, por descuido, em uma piscina quase vazia, e ficou tetraplégico. Ele conta que, depois do acidente, passou quase um ano na cama e que, agora, tudo mudou. “O esporte me trouxe de volta à vida. Hoje, além de jogar rúgbi, entro no carro sozinho, dirijo, monto e desmonto minha cadeira de rodas sem precisar de ajuda. E ainda tenho ótima convivência social”, relata o paradesportista.

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