— Ser parte desse grupo de meninas pela cura é incrível para mim, todas nós temos a mesma paixão: “encontrar a cura!”.
Encontros virtuais facilitaram promoção da causa Em reuniões por Skype e Facebook, elas discutem como captar recursos, promover eventos e despertar a consciência das pessoas. Animada com a recepção preparada por Sabrina, Lolly está confiante: junto com as “cure girls”. acredita que irá tornar a lesão medular um problema curável.
Empresária do ramo de alimentos integrais, Sabrina não deixou de trabalhar por causa da lesão. Depois que o acidente ocorreu, há seis anos, adaptou o estilo de vida e se cercou de ferramentas e profissionais para auxiliar nas atividades que ficaram restritas. Na época com 28 anos, era uma pessoa bastante ativa. Ao perder os movimentos dos membros superiores e inferiores, faz de tudo para não abandonar essa característica:
— Não fico parada. É da minha personalidade tocar a vida. Mas as pessoas que não trabalham tem uma série de limitações. Apesar de eu passar um lado de força, tem a questão de encontrar uma solução urgente. As pesquisas aqui andam bem devagar.
No Brasil, as principais instituições que realizam pesquisa estão atreladas a universidades e institutos de pesquisas federais, que não podem receber doações de entidades privadas. Participar do blog e da campanha de financiamento internacional foi uma forma de compartilhar informações e colocar o assunto em foco.
Teste em humanos pode estar próximo. Não é preciso ir longe para encontrar boas pesquisas na área de células-tronco.
Geneticista da UFRGS e representante da América Latina no grupo que está definindo as regras internacionais sobre uso de células-tronco em pacientes, Patrícia Pranke diz que estamos próximos do momento em que estudos para lesão medular deixarão de ser testadas em camundongos e serão aplicadas em gente:
— Esse é o nosso próximo passo. Em um ou dois anos devemos pedir ao Comitê de Ética do Ministério de Saúde, em Brasília, para aplicar em humanos. Já temos na UFRGS um laboratório construído com certificação para isso.
Patrícia acabou de visitar a ex-ginasta Lais Souza na universidade de Miami (para onde vai Lolly assim que deixar Porto Alegre) e de estabelecer uma parceria com o projeto para curar a doença. Segundo ela, tanto no Brasil quanto nos demais países do mundo, as pesquisas em camundongos estão dando bons resultados.
Associada à nanotecnologia, a pesquisa em células-tronco ajudariam a resolver o problema dos pacientes crônicos (que estão em cadeira de rodas há mais tempo, quando é mais difícil a cura porque a cicatriz se formou ((onde?))).
— A nanotecnologia seria uma ponte para o cultivo das células-tronco (podem ser cultivadas em laboratório ou ser do próprio paciente). É como se elas ligassem a parte do corpo que está lesada com a parte sadia.
Especializada em reabilitação neurofuncional, a fisioterapeuta de Sabrina, Melissa Grigol Goldhardt, diz que entidades como a que será ajudada por Lolly e por sua paciente podem até não trazer a cura para a a lesão medular, mas ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
— Tem outras funções fisiológicas que são prejudicadas pela lesão. Essas pesquisas podem não fazer a pessoa andar, mas auxiliam em outras funções. Algumas ajudam a melhorar a sensibilidade da bexiga, intestino ou na sexualidade, por exemplo – explica Melissa.
COMO AJUDAR
A festa será hoje (quinta-feira, 23/10) , às 21h. O local escolhido (Allure Club, na Av. Plinio Brasil Milano, 137) tem rampas e banheiros adaptados para cadeirantes. Os ingressos estão à venda por R$ 30 na Confeitaria Itália (Avenida Otto Niemeyer, 255) e Dado Pub (Rua Fernando Gomes, 80). Para contribuir por meio da plataforma, o endereço é justgiving.com/LollyandSabrina. Não há valor mínimo para doação.
Fonte: http://linkis.com/casadaptada.com.br
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