quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CPB inaugura primeiro Centro de Treinamento de Halterofilismo Paraolímpico do Brasil

CPB inaugura primeiro Centro de Treinamento de Halterofilismo Paraolímpico do Brasil




Uberlândia é a sede do primeiro centro de referência que visa para garantir o desenvolvimento da modalidade no país, de olho em 2016. Até o fim de 2011 cada região contará com pelo menos um centro





Foto: Marcos André-Exemplus/CPB

Uberlândia (MG), 27 de outubro de 2010.



Com mais de 20 aparelhos de musculação e dois bancos oficiais de halterofilismo paraolímpico, foi inaugurado nesta quarta-feira, 27, o primeiro Centro de Treinamento de Halterofilismo Paraolímpico do país. O centro de referência fica em Uberlândia e é uma parceria do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).



“Uberlândia é o primeiro passo. Até o final do ano que vem, teremos pelo menos um centro de treinamento como este em cada região geográfica do país”, explicou o presidente do CPB, Andrew Parsons, na cerimônia de inauguração do centro.



“Estes centros serão fundamentais para preparar desde o atleta de altíssimo rendimento, que vai disputar o Parapan, as Paraolimpíadas, e brigar pela primeira medalha paraolímpica do Brasil na modalidade, até os atletas de base, que estão começando, e que poderão competir em 2016, 2020...”, disse Parsons.



O modelo para desenvolver os centros de treinamentos é através de parcerias entre o CPB e as cidades-sedes. O de Uberlândia, por exemplo, utilizará toda a infra-estrutura da Faculdade de Educação Física da UFU. O espaço e os equipamentos foram cedidos pela entidade. O CPB colaborou com os dois bancos oficiais da Eleiko (empresa sueca), legados do Parapan do Rio de Janeiro 2007, que são melhores até mesmo do que os que foram utilizados nas Paraolimpíadas de Pequim.



“Desde que o Brasil ganhou o direito de sediar as Paraolimpíadas de 2016, minha mesa tem uma pilha de projetos de Centros de Treinamentos. Mas são para construir centros faraônicos. São projetos como a da UFU, que transformam ótimas ideias em projetos concretos, que o CPB procura”, elogiou o presidente do CPB.



O Centro de Treinamento contará com uma equipe interdisciplinar composta por orientador técnico; fisiologista; especialistas em treinamento esportivo; fisioterapeuta; nutricionista esportivo; biomecânico do movimento; e monitores de Halterofilismo.



“Este é o modelo que iremos desenvolver até 2016. Desta forma, otimizaremos recursos e daremos o atendimento especializado que cada modalidade requeira”, justificou Parsons.



Parceria antiga

A Universidade Federal de Uberlândia já era parceira do Comitê Paraolímpico Brasileiro desde maio, quando foi inaugurado o primeiro Centro de Formação de Profissionais do Esporte Paraolímpico (CEFEP).



“Temos orgulho de entregar, junto com o CPB, o primeiro Centro de Treinamento de Halterofilismo Paraolímpico do Brasil. É um reconhecimento do trabalho de desenvolvimento do Esporte Paraolímpico de Uberlândia. Tenho certeza de que não decepcionaremos e de que esta sala será o abrigo de muitos atletas que veremos brilhar ano que vem no Parapan-Americano de Guadalajara e em Londres 2012”, disse o pró-reitor de extensão, cultura e assuntos estudantis e coordenador do CEFEP, Alberto Martins da Costa.



O reitor da UFU, Alfredo Júlio Fernandes Neto, também prometeu não decepcionar:



“Se antes de ter toda esta estrutura nossos atletas já faziam bonito, nosso futuro é muito melhor.”



Atletas aprovam

Principais beneficiados com o novo centro de treinamento, os atletas também aprovaram a nova estrutura.



“Ficou excelente. Agora não vamos sentir a diferença quando chegarmos nas competições lá fora”, comemorou a atleta da cidade, Edilândia Rodrigues, sexta colocada no Mundial da categoria (+ 82,5 kg), que aconteceu em julho, na Malásia.



“Esse centro vai nos ajudar bastante. Hoje treinamos com anilhas que deveriam ser de 25 kg, mas tem 26 kg. Isso prejudica o desempenho”, explicou Rodrigo Rosa, também de Uberlândia, e12º colocado no Mundial (-75 kg).



Para chegar ao pódio

Apesar de participar das Paraolimpíadas desde Atlanta 1996, com Marcelo Motta, o Brasil nunca conquistou uma medalha no halterofilismo paraolímpico. O melhor resultado do país na modalidade foi o 4º lugar de Alexsander Whitaker nas Paraolimpíadas de Atenas 2004 – resultado repetido no Mundial de Bussan, na Coreia do Sul, em 2006 por Whitaker e no Mundial da Malásia, este ano, por Josilene Ferreira.



Entre os objetivos do Centro de Treinamento estão: disponibilizar uma estrutura adequada para apoiar e orientar o treinamento de halterofilismo paraolímpico de alto rendimento; possibilitar a formação e treinamento de técnicos para a modalidade de halterofilismo paraolímpico de alto rendimento; oportunizar condições de treinamento para Equipes de Halterofilismo Paraolímpico de qualquer lugar do país; e desenvolver pesquisas científicas na área do Halterofilismo Paraolímpico em parceria com a Academia Paraolímpica Brasileira.

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