segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mecanismos bioquímicos de memória

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"Chego aos campos e vastos palácios da memória onde estão os tesouros de inumeráveis imagens trazidas por percepções de toda espécie. Aí está também escondido tudo o que pensamos, quer aumentando quer diminuindo ou até variando de qualquer modo os objetos que os sentidos atingiram. Enfim, jaz aí tudo o que se lhes entregou e depôs, se é que o esquecimento ainda o não absorveu e sepultou... ...Quem poderá explicar o modo como elas se formaram, apesar de se conhecer por que sentidos foram recolhidas e escondidas no interior?..." (Santo Agostinho, O palácio da memória, Confissões, Livro X).

Esta pergunta de Santo Agostinho, feita há dezessete séculos, parece hoje ainda tão atual e relevante do que quando foi formulada. Isto se deve particularmente à natureza da memória. Como muito apropriadamente coloca o Iván Izquierdo, um estudioso da área de neurobiologia da memória, "...somos aquilo que recordamos, literalmente.

Não podemos fazer aquilo que não sabemos como fazer, nem comunicar nada que desconheçamos, isto é, nada que não esteja na nossa memória... ...Eu sou quem sou, cada um é quem é, porque todos lembramo-nos de coisas que nos são próprias e exclusivas, e não pertencem a mais ninguém. As nossas memórias fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único, um indivíduo".

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