A Secretaria Municipal de Educação ainda não definiu como ficará a situação da professora, pedagoga Telma Nantes, aprovada em primeiro lugar para lecionar aos alunos da educação infantil – de 0 a 5 anos – mas, barrada pelo fato de ser portadora de deficiência visual. “A definição está a cargo da Secretaria Municipal de Administração. Se qual for, vamos acatar”, diz a secretária municipal de Educação, Maria Cecília Amêndola, que participa de evento nesta manhã na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Telma Nantes é vice-presidente de entidade nacional dos cegos e dirigente do Ismac (Instituto Sul-mato-grossense para Cegos). Maria Cecília Amêndola endossa a decisão da equipe multidisciplinar da Educação, que considerou a pedagoga inapta. “Como educadora, entendo que a educação infantil exige o cuidar e o educar de crianças desde o berçário até 5 anos. A professora não teria condições”, diz. Pedagogia e inclusão Aprovada em 1º lugar entre os deficientes visuais que fizeram o concurso público da Secretaria Municipal de Educação no ano passado, a pedagoga Telma Nantes, travou uma batalha para conseguir assumir a vaga de professora de Educação Infantil. Enquanto em cidades paulistas existem professores portadores de deficiência visual, em Campo Grande, a profissional foi considerada inapta por não ter condições de corrigir cadernos e provas. Segundo ela, o poder público deve dar exemplo de inclusão social e como professores de Educação Infantil têm auxiliares, a pedagoga garante que não teria problemas para lecionar. Ela acionou a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul), a Assembleia Legislativa e espera que a Prefeitura reveja a situação. Segundo Telma Nantes, quando teve que ser entrevistada pela equipe multidisciplinar da Secretaria de Educação, foi surpreendida pelas risadas de um médico que teria dito: “Como você pensa que vai ensinar desse jeito?”. “Foi um ato de discriminação devido o preconceito da equipe multiprofissional com pessoa de deficiência”. “Na hora eu fiquei quieta por medo de não ser nomeada. Eu sei que o prefeito não sabe o que acontece, mas todo professor tem um auxiliar. Eu que crie as minhas metodologias ou seja adequada a um espaço porque tenho certeza que tenho muito o que contribuir”. No ano passado, na hora da inscrição, a pedagoga protocolou os documentos, pagou R$ 70, 00 e o concurso aconteceu no dia 13 de dezembro de 2009. “Passei fiz a prova de títulos. Não estudei. É meu saber puro”. A comissão de avaliação é composta de uma fisioterapeuta, dois pedagogos, um médico e um psicólogo. “Ao inscrever no concurso o candidato toma ciência que passara pela comissão de avaliação. Esta avaliação é aplicada em todos os concursos. As regras do concurso estão publicadas no suplemento do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), do dia 03.11.2009. A Prefeitura de Campo Grande segue a Lei Federal de 3.299 de 20 de dezembro de 1999”.
http://www.midiamax.com.br/noticias/708287-destino+professora+barrada+ser+cega+administracao+diz+secretaria.html |
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