Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Celulas Tronco. Você sabe quem as descobriu ?
James Edgar Till:
pai das células-tronco e LULU SANTOS que ja previra esse sucesso em música
VEJAM MAIS SOBRE CELULAS TRONCO EM :http://www.celula-tronco.com/
Na década de 80, Lulu Santos e Nelson Motta previram.
Nossos constituintes não.
Clique e ouça http://www.celula-tronco.com/noticias.php?codigo=70
"As pesquisas renderão muitas surpresas"
Em 1963, ele descobriu que as células transplantadas da medula óssea no baço de ratos se auto-replicavam. Com a pesquisa, o cientista canadense James Edgar Till, hoje com 76 anos, ganhou o apelido de "pai das células-tronco". Em entrevista exclusiva ao site Células-Tronco Esperança, Till -- Ph.D. em Biomedicina pela Universidade de Yale -- falou sobre o pioneirismo nas pesquisas com essas estruturas diferenciadas e suas perspectivas na promissora área terapêutica.
Rodrigo Craveiro (rodrigo.craveiro@gmail.com)
Muitos cientistas o consideram o pai das pesquisas com células-tronco. Como o senhor encara esse apelido?
No final da década de 1950, comecei um programa de pesquisa cooperativa com o Dr. Ernest McCulloch. Com poucos anos, nossa pesquisa nos levou a uma grande mudança na maneira como as células-tronco eram estudadas. Antes dessa época, a principal ênfase era em torno de especulações sobre a morfologia das células-tronco. Com o que elas se pareciam? Depois disso, a principal ênfase era na função das células-tronco. O que elas poderiam fazer? Experiências cruciais foram feitas em colaboração com os doutores Andrew Becker e Ernest McCullock e divulgadas na revista científica Nature em 1963. Essas experiências mostraram que colônias derivadas da medula, formadas no baço de ratos que receberam radiação pesada, eram clones derivados de células singulares. Esses clones continham mais de um tipo de célula formadora de sangue diferenciada. Então, fortes evidências foram oferecidas, pela primeira vez, que a medula óssea do rato adulto contém células progenitoras multipotentes.
Que tipo de impactos o senhor imaginava que a descoberta dessas células auto-renováveis poderia produzir na Medicina?
O trabalho de autorenovação das células formadoras de colônia no baço foi feito em colaboração com os Drs. Ernest McCulloch e Louis Siminovitch. Como resultado desse trabalho, nós propusemos um modelo de definição funcional de células-tronco. A nova definição enfatizava três propriedades funcionais cruciais das células-tronco: a capacidade de auto-renovação, a capacidade de diferenciação e uma capacidade para proliferação extensiva. Essa definição funcional ainda é útil nos dias de hoje. Não pensávamos muito, naquele tempo, sobre os possíveis impactos futuros de nosso trabalho. Estávamos principalmente interessados em explorar mais as capacidades funcionais das células-tronco. Por exemplo, poderiam existir células-tronco multipotentes que poderiam aumentar não apenas as células do sangue (como os eritrócitos), mas também outras células (como células de formação de anticorpos)? O trabalho subseqüente, feito em colaboração com o Dr. Alan Wu, mostrou que tais células existem em ratos adultos. A evidência obtida foi de que células o sistema de formação do sangue e do sistema imunológico poderia ser derivadas da mesma célula-tronco.
Como o senhor descobriu as células-tronco? Foi um processo acidental?
Todo o nosso trabalho subseqüente com células-tronco começou com uma descoberta acidental. O Dr. McCulloch estava fazendo autopsia em ratos como parte de um experimento em que ratos irradiados tinham recebido, 10 dias antes, transplantes de entre 10 mil e 100 mil células nucleadas da medula óssea. Ele descobriu que havia blocos inesperados (pequenos inchaços) visíveis nos baços desses ratos. O Dr. McCulloch contou o número de blocos e ficou surpreso ao descobrir que, quanto mais células da medula tivessem sido transplantadas, mais números de blocos eram detectados. Rapidamente concordamos que os blocos eram colônias de células derivadas de células individuais da medula óssea transplantada. Mas como ter certeza? Por isso, o trabalho crucial desenhado para testar esse hipótese foi realizado em colaboração com o Dr. Andrew Becker. Nosso trabalho confirmou a hipótese.
Qual é o verdadeiro potencial das células-tronco como ferramentas para ajudarem a curar graves doenças? Elas poderão produzir uma revolução na medicina terapêutica?
O transplante de medula óssea que contém células-tronco viáveis tem sido, por muitos anos, um tratamento bem-sucedido para algumas doenças do sistema de formação do sangue, como as leucemias. Eu compartilho com muitos outros cientistas a esperança de que os tratamentos com células-tronco seráo capazes de produzir importantes contribuições para outros aspectos da medicina terapêutica, como a medicina regenerativa. De qualquer modo, ainda há muitas pesquisas básicas e translacionais para serem feitas. A única previsão que eu desejo fazer é que tal pesquisa renderá muitas surpresas. Eu espero que muitas delas sejam agradáveis!
Como o senhor vê o conflito entre ciência e religião, no qual a Igreja Católica se opõe à manipulação de células-tronco embrionárias?
Quando a pesquisa é apoiada por fundos do governo, o dinheiro pode vir de impostos pagos por membros de várias religiões. Se há preocupações justificáveis sobre a pesquisa, então os representantes eleitos pelo povo precisam desenvolver políticas públicas apropriadas. Tais políticas precisam levar em conta quaisquer conflitos de valores entre membros de diferentes religiões. Isso tem ocorrido no Canadá, e acho que as atuais leis e medidas relacionadas à pesquisa com células-tronco no país têm produzido um modo politicamente aceitável de se permitir a realização de pesquisas inovadoras.
Quando pessoas doentes e incapacitadas começarão a ter benefícios das pesquisas com células-tronco? Como o senhor vê a atitude de alguns governos, como o dos Estados Unidos, que tentam boicotar algumas pesquisas?
Como eu já disse, a única previsão que eu gostaria de fazer é que as células-tronco continuarão sendo fonte de surpresas. O atual governo norte-americano não é muito entusiasta de alguns tipos de pesquisa com células-tronco. Em vez disso, Estados individuais (como a Califórnia) estão tentando fornecer apoio substancial aos tipos de pesquisa com células-tronco que os líderes científicos e políticos pensam ser importantes. Pesquisas inovadoras com células-tronco serão feitas. As únicas incertezas são: quando, onde e por quem?
As células-tronco são o futuro da medicina terapêutica?
Previsões muitas vezes se provam erradas. De qualquer modo, eu espero que notícias muito boas virão da pesquisa de alta qualidade com células-tronco. Eu também espero que haverá muito poucas más notícias. Exemplo de má notícia é a ciência fraudulenta e falsa. Também o são más notícias os testes clínicos mal-planejados -- como aqueles sem grupo de controle, sem examinadores independentes e sem relatos na nobre literatura revisada. A pesquisa de baixa qualidade pode não apenas provocar muitos danos aos pacientes, mas também minar a credibilidade de todos os tipos de pesquisas com células-tronco. Isso seria uma notícia péssima.
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