domingo, 13 de janeiro de 2013

Era uma Vez um Conto de Fadas Inclusivo, com 11 livros infantis dedicados ao tema.





Foto: Leandro Selister/Divulgação
Livros inclusivos
Alice no País da Inclusão, Aladown e a Lâmpada Maravilhosa, Branca Cega de Neve. Sim, você conhece essas histórias, mas com títulos diferentes. Inspirado em famosas fábulas infantis e na experiência de 13 anos trabalhando com crianças com deficiência, o fisioterapeuta Cristiano Refosco decidiu criar a própria coleção. No dia 23 de outubro ele lançou em Porto Alegre a coletânea Era uma Vez um Conto de Fadas Inclusivo, com 11 livros infantis dedicados ao tema.

"Meu objetivo foi criar uma ferramenta que pudesse aproximar o universo das crianças com deficiência ao daquelas sem deficiência, adaptando os contos para essa realidade. Não sou ilustrador, mas foi sugerido que eu ilustrasse os livros para ter a visão de alguém que trabalha diretamente com essas crianças", relata o fisioterapeuta, que acabou fazendo os desenhos.

Cada livro tem, em média, 20 páginas. Os volumes contaram com o aval do Ministério da Cultura para a captação de patrocínio. Segundo Refosco, apesar de retratarem situações fortes relacionadas aos tipos de deficiência, a inspiração para os contos saiu de histórias com personagens humanos, e tratam essas adversidades de forma leve, com naturalidade. "Elegi os contos mais populares, como Alice no País das Maravilhas e Branca de Neve, para fazer as adaptações. Os personagens que são obrigados a lidar com a deficiência, mas de uma forma natural, foram inspirados em pacientes meus", destaca.

Na versão Chapeuzinho da Cadeirinha de Rodas Vermelha, as dificuldades da protagonista em seu percurso pela floresta fazem com que uma figura inesperada ajude-a, e em Branca Cega de Neve, o olfato superdesenvolvido da personagem altera o desfecho da trama.

Conflitos psicológicos também são explorados nos contos. Em O Segredo de Rapunzel, a jovem das longas tranças "tem medo de que, quando o príncipe encontrá-la pessoalmente, não a queira, em função de sua deficiência", explica o autor.

Com o projeto aprovado junto à Lei de Incentivo à Cultura, Refosco e seus colaboradores foram atrás de patrocinadores que pudessem ajudá-los a captar os R$ 218 mil necessários para lançar a coleção, que também conta com um CD com a audiodescrição das histórias. Com o valor angariado em parceria com as empresas Savar (revendedora de automóveis), AGCO (de equipamentos agrícolas) e Banrisul Serviços (do banco estadual gaúcho), o fisioterapeuta lança a coleção com a intenção de transformá-la em material didático.

"Não temos nada fechado ainda, mas minha intenção é fazer acordos com as escolas para que os professores apresentem essas histórias aos seus alunos. Mesmo com as crianças sendo o público-alvo, a coleção também faz os alunos pensarem, pois as histórias mexem com questões presentes no imaginário de todos nós", destaca.

Fonte: Terra

Um comentário:

Anônimo disse...

Como faço para comprar a coleção?