sábado, 5 de maio de 2012

Basquetebol nos Jogos Paralímpicos: os gigantes das cadeiras de rodas

Basquetebol nos Jogos Paralímpicos: os gigantes das cadeiras de rodas



Austrália, no masculino, e Estados Unidos, no feminino, são os atuais campeões paralímpicos em um dos esportes mais tradicionais dos Jogos



Basquetebol nos Jogos Paralímpicos: os gigantes das cadeiras de rodas

Estados Unidos, de Christina Ripp, levou o ouro em Pequim 2008 (Foto: ©Getty Images/China Photos) As dimensões da quadra, a altura e o diâmetro da cesta e a bola de jogo são os mesmos. Os uniformes suados, o lance livre e o arremesso de três em nada se modificam. A vitória no estouro do cronômetro está lá. Mas existe algo em que o basquetebol dos Jogos Olímpicos fica devendo: o duelo das rodas.



A adrenalina dos atletas nas cadeiras em movimento faz do basquetebol em cadeira de rodas um dos mais tradicionais esportes do planeta. Esteve entre os oito que participaram da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960. De terapia e passatempo para os feridos em batalhas na sua origem, após a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos e na Inglaterra, tornou-se prática espalhada pelos cinco continentes e para todos os perfis.



O jogo já é disputado em cerca de 100 países. Na edição dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, que se aproxima, 12 equipes masculinas e dez femininas vão em busca de medalhas em duas das competições mais equilibradas do programa. Em Pequim 2008, a Austrália, entre os homens, e os Estados Unidos, entre as mulheres, levaram a melhor e fizeram história.





Nas duas primeiras participações paralímpicas, em Roma 1960 e Tóquio 1964, houve apenas torneios masculinos, nas classes A (para atletas com lesões consideradas “completas”) e B (para atletas com lesões consideradas “incompletas”). Todas as medalhas de ouro ficaram com os Estados Unidos.



A partir de Tel Aviv 1968, as mulheres conquistaram seu espaço, e as donas da casa, as israelenses, sagraram-se as primeiras campeãs. Repetiram o feito em Toronto 1976. A Argentina levou a melhor em Heidelberg 1972. A Alemanha Ocidental chegou ao topo em Arnheim 1980 e Stoke Mandeville/Nova York 1984. De lá para cá, Estados Unidos e Canadá dominam o basquetebol em cadeira de rodas feminino, com três conquistas cada. As estadunidenses são as atuais bicampeãs.



No masculino, Estados Unidos e Israel dominaram as conquistas entre 1968 e 1988, dando lugar apenas à França em 1984. De lá para cá, Canadá e Austrália já levaram dois ouros cada. A Holanda, um, após três edições consecutivas com a prata (entre 1980 e 1988). Outro país tradicional no esporte é a Grã-Bretanha, que sediará os Jogos em 2012. Nas duas últimas edições paralímpicas, dois bronzes.







Shaun Norris foi campeão paralímpico com a Austrália em 2008 (Foto: ©Getty Images/Adam Pretty)



No basquetebol em cadeira de rodas, o atleta deve quicar, passar ou arremessar a bola a cada dois toques com a mão na cadeira. As deficiências físico-motoras dos jogadores são classificadas e pontuadas de 1 a 4,5 de acordo com o comprometimento para o jogo. Cada time, composto por cinco atletas em quadra, não pode ultrapassar a soma de 14.



O constante contato físico, a velocidade do deslocamento dos atletas em quadra e sua intensidade a cada lance são alguns dos atrativos para um público fiel e em crescimento. Milhares de fãs estarão presentes na Arena de Basquetebol, no Parque Olímpico de Londres, e na North Greenwich Arena, entre 30 de agosto e 8 de setembro próximo, para manter a tradição. O mesmo é esperado para daqui a quatro anos, no Rio 2016™. No duelo das rodas, o basquetebol dos Jogos Paralímpicos mostra que tem algo a mais.

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