Segundo dados do IBGE, existem cerca 28 milhões de pessoas com deficiência física no Brasil que, diariamente, enfrentam dificuldades em atividades cotidianas e procuram se adaptar às limitações. A inserção dessas pessoas na sociedade depende de intenso trabalho com equipe multidisciplinar, que compreende em médico especializado, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo, enfermeiro, urologista e nutricionista, somada ao apoio familiar.
Os traumas das pessoas paraplégicas e tetraplégicas são raquimedulares (lesão da coluna vertebral ou medula espinhal) e podem ter vários níveis, como na coluna vertebral cervical, dorsal e lombar. Quando a lesão ocorre na coluna cervical mais alta a pessoa fica imobilizada do pescoço para baixo e quando dorsal, são afetados os movimentos da cintura para baixo. O tratamento é feito de acordo com a lesão do paciente.
O médico fisiatra Ângelo Sella explica que na clínica de reabilitação a pessoa com deficiência executa exercícios para que esteja apto a conviver com a nova situação e gradualmente retornar às atividades cotidianas. Além dos problemas musculares, o paciente também fica com o psicológico e o sistema cardiocirculatório comprometidos. “Em alguns casos, o paciente pode ter traumas de transtorno de esfíncter e para isso é desenvolvido devido treinamento para controle na hora de evacuar e urinar”, destaca o médico.
Os tratamentos de reabilitação oferecem suporte em todas as possíveis dificuldades que a pessoa possa apresentar, inclusive suporte no que diz respeito aos seus cuidadores. As pessoas que acompanham o paciente também recebem orientações profissionais, através de uma terapia cognitiva comportamental, tornando o tratamento mais efetivo e eficaz.
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