Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
quarta-feira, 25 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
PROFESSOR DOUTOR MANOEL TUBINO É HOMENAGEADO POST-MORTEN COM A MEDALHA DO MERITO DESPORTIVO
O imortal e inesquecível Doutor em Educação Física MANOEL TUBINO foi homenageado post-morten com a medalha do Mérito Desportivo das Forças Armadas. A recepção foi feita por sua esposa, Professora Doutora VERA LUCIA DE MENEZES COSTA em solenidade realizada em Brasilia.
VEJA MAIS EM
https://www.defesa.gov.br/mostra_materia.php?ID_MATERIA=32877.
GUIA DE TURISMO para deficientes físicos será lançado
No dia 30/03/2009, será lançado oficialmente o Guia Brasil Para Todos – Um roteiro turístico e cultural para pessoas com deficiência. Trata-se do primeiro guia a incluir e avaliar a acessibilidade dos pontos turísticos, hotéis e restaurantes de dez capitais brasileiras. As avaliações e sugestões foram feitas por portadores de deficiência em cada uma das capitais, que visitaram todos os estabelecimentos acompanhados de um jornalista.
VEJA MAIS EM ::
http://www.brasilturis.com.br/diretodaredacao_materia.neo?Materia=1178
domingo, 15 de março de 2009
INCLUSÃO PARA A AUTONOMIA - DIA MUNDIAL
sábado, 14 de março de 2009
Programa Assim Vivemos - TV Brasil
A série mostrará histórias de inclusão e superação no Brasil e no mundo, veiculando filmes e depoimentos que mostram que é possível quebrar barreiras, paradigmas e superar preconceitos culturais e de costumes. Composto de 26 episódios, cada programa mostrará sempre a vida de um personagem e um ou dois documentários. A apresentação será de Moira Braga e Nelson Pimenta.
Sou uma atleta para-olímpica e não um número
Sou uma atleta para-olímpica e não um número
Ela arremessa, ela balança, ela marca...
Kate Ansell http://www.bbc.co.uk/ouch/news/De repente, aquilo tudo não parecia mais uma boa idéia. De pé, numa quadra de basquete, olhando para uma cadeira de rodas ergonômica laranja e alguém me sugerindo que sentasse.
Não que eu tenha algo contra cadeira de rodas, claro. Apesar de mancar ser o meu modo de andar natural, não me importo de usar cadeira de rodas. Já fiz isso outras vezes. Faria de novo. Gosto das cadeiras. Aumentam a mobilidade. Mas hoje tenho dúvidas, não é uma brincadeira, é uma competição. É isso, estou aqui para me tornar um número.
Estou descobrindo o que faz uma pessoa com deficiência querer se tornar um atleta e tomar parte no processo de classificação - determinar o quanto é deficiente, de maneira a poder competir em esportes contra pessoas que têm um nível igual de deficiência.
Eu sabia que o processo poderia ser muito invasivo. Tinha pesquisado os manuais sobre o assunto do Comitê Internacional Paraolímpico. Eu li sobre os testes do banco e status funcional. Já vi diagramas dos movimentos que os atletas têm de fazer para calcular a classe. Que diagramas! Deve doer.
Agora, Kenny McKay, um jogador de basquete em cadeira de rodas veterano que classifica atletas de nível internacional se ofereceu para me preparar. Estou assustada.
Estou num ginásio de Essex (Inglaterra). Não é o meu habitat natural. Pra todo o lugar que olho, tem gente sarada, malhada, correndo em rodas a 100 km por hora em cadeiras de rodas brilhantes. Tem o barulho das batidas do metal no metal. Tem muito suor e tem os berros. Todo mundo é muito amigo, mas estão todos muito sérios: é um treino de basquete em cadeira de rodas.
Quando estou chegando, alguém me diz que o colega da equipe não vai poder comparecer de noite porque arrebentou o joelho no último treino. Caramba!
Não faço o gênero esportivo... e machucados do esporte não me atraem. O fato: nunca passou pela minha cabeça que a elite atlética fosse uma opção razoável de carreira. Eu tenho Paralisia Cerebral. Eu estudei em escola comum. Quando meus colegas tinham Educação Física, eu fazia Fisioterapia ou ia pra biblioteca e lia.
Esportes para deficientes sempre pareceu um conceito estranho. Primeira definição, a característica de ser espasmódico: mobilidade reduzida. Segundo: falta de velocidade. Assim, eu nunca consegui entender muito bem porque dois espasmódicos teriam interesse em concorrer entre si. Definitivamente é como uma orquestra para pessoas que não são boas para tocar instrumentos. Além do mais, competitividade física é para os Normais. Para mim, assisistir os Jogos Olímpicos é olhar uma prova de quão-perfeito-de-corpo-você-é.
Venho expondo essa opinião por muitos anos, em vários níveis de desprezo. Meus amigos acham que eu apenas não gosto de esporte e faço disso uma retórica pretensiosa de deficiência. Você nunca experimentou, como pode saber?, eles dizem.
E foi assim que eu me vi numa quadra de basquete, olhando para uma cadeira de rodas, me sentindo completamente sem jeito. Todo mundo que compete em esporte para deficientes tem de passar pelo processo de classificação. Os atletas são organizados pelo tipo e pela gravidade da deficiência. O quanto isso influencia depende do esporte.
No basquete em cadeira de rodas, os jogadores têm uma classificação que varia de 1 a 4,5 (o mais alto), com coisas como equilíbrio e coordenação também sendo levadas em conta. Nenhum time pode ter mais de 14 pontos na quadra ao mesmo tempo.
Um dos motivos do meu cinismo a esse respeito é porque parece um pouco médico e nós - pessoas com deficiência - detestamos ser definidos pela nossa incapacidade e pelo que está errado conosco. Normalmente é o meu terapeuta que fala comigo usando termos como funcionalidade e extensão de movimento, e isso aparece assim que se começa a discutir a classificação. Kenny me garante: É um esporte. Um jogador é um jogador. Não queremos fazer testes médicos. O que interessa é o jogo na quadra.
Dessa forma, a classificação de basquete procura especificamente a destreza necessária para o jogo. Kenny me mostra como ele me classificaria. Eu sento na cadeira - e que cadeira! Dou uma volta. Você pode movimentá-la com os quadris. É o máximo!
Então Kenny começa a jogar bolas para mim dos mais diferentes ângulos para testar minha mobilidade, meu equilíbrio e tudo o mais. Por exemplo, se você consegue virar sua cabeça para olhar para trás, é uma habilidade importante na quadra, a nota de classificação é maior. Eu posso.
Basquetebol é um pouco fora do padrão mais médico da visão de classificação. Foi uma tomada de decisão consciente de se afastar dos aspectos médicos do processo, por isso é relativamente indolor.
Mas já li manuais sobre outros esportes. Especialmente natação. Eu sei nadar. É o único esporte que eu pratico voluntariamente. O manual do Comitê Paraolímpico de sistema de classificação tem diagramas nos quais eu me perco. Eles não testam pessoas que não sejam atletas como eu, assim chamei Nyree Lewis, uma campeã de natação de 26 anos que tem uma paralisia cerebral similar e perguntei como era.Ela me diz que alguns testes são diretos, mas com momentos ridículos.
Os classificadores pediram que ela levantasse a perna esquerda. Quando ela estava começando a levantar, disseram "não, essa é sua perna direita", e eu respondi: mas eu tenho de levantar minha perna esquerda para levantar minha perna direita! Sei como é isso, mover uma parte do corpo e a outra fazer alguma coisa totalmente diferente. O tipo de momento íntimo que normalmente partilho com namorado, mãe ou médico - mas não com estranhos. Nyree não parece se importar - mas por outro lado, ela é uma atleta e deve estar acostumada a ser mexida de um lado pro outro.
O que me deixou assustada é testarem o ponto de falta de coordenação, como disse a Nyree. Basicamente com os braços pra fora, abrir e fechar as mãos. Eles ficam dizendo "mais rápido, mais rápido" até que eventualmente suas mãos fiquem abanando, explica Nyree.
Parece uma inimaginável sessão indigna de fisioterapia - nada que pudesse me atrair. Mas Nyree é apaixonada pelo esporte e não se abateu com isso. Eu sabia que todos passavam por isso. E ela jura que não é tão horrível quanto parece.
Depois fazem uma bateria de testes similar dentro da água e, claro, observam os atletas competindo na água.
Nyree vai competir em Manchester no Torneio Mundial Paraolímpico essa semana e eu vou olhar o progresso dela, mas não vou me aventurar na água. Acho que basquete faz mais o meu estilo e não é apenas pela cadeira incrível.
Apesar da classificação de basquete ser relativamente amigável, descubro que existem várias controvérsias e que as pessoas discutem as classificações. Alguns acham que a classificação não vale, argumentando que são mais deficientes do que o registrado. E existem outros que ficam desapontados quando a classificação aponta uma deficiência maior do que achavam que tinham. É como um choque para alguns.
E tem a questão das deficiências progressivas, como quando um jogador canadense teve de mudar a classificação no Torneio Mundial. Foi terrível, disse o Kenny, tem de se administrar tudo isso de maneira justa e que se perceba justa.Jogadores disputam a clasificação uns dos outros, em geral porque acham que o outro é menos deficiente do que é. Eles vêem alguém com uma classificação menor e pensam: "mas ela anda". Avaliam pela própria experiência, para um paraplégico ver alguém que pode andar..., eles não percebem que as costas do outro doem. É muito complexo e pessoal. Um jogador mais experiente entende isso.
E então ele joga umas bolas para mim. Deixo cair a maior parte delas. Dou uma volta com a cadeira e fico apaixonada por ela. Sou mais rápida na cadeira do que jamais fui na vida.
O Kenny tenta ver quanto eu consigo me abaixar - não vou até o fim. Provavelmente porque como doughnuts demais, e não pela natureza trágica da espasmocidade. Um pouco de treino resolve isso, ele fala. Tá certo. Claro que resolve. Então o momento da verdade. Hora dos resultados: você está perto de uma classe 4. É difícil julgar um PC porque nossa coordenação e percepção podem ser tão instáveis, e isso interfere na quadra. Tinha de ser observada em quadra antes do Kenny tomar sua decisão final. Dessa forma ele me chama mais uma vez.
Eu podia ficar tentada, sabe. Meu coração está amolecendo em relação ao esporte para pessoas com deficiência, nem que seja porque quero ficar mais tempo naquelas cadeiras. E então eu olho e vejo uma das atletas batendo e caindo por cima da cadeira. Estão todos rindo, mas eu fiquei com medo. Acho que vou continuar só assistindo por um tempo.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Mamãe é Down
O que é: um acidente genético durante a divisão celular do embrião. Células normais têm 46 cromossomos divididos em 23 pares. O Down tem um cromossomo extra. Pelo menos metade dos Downs não chega a nascer, pois a mãe sofre aborto espontâneo
Fertilidade: um terço das mulheres Downs é fértil. Um terço ovula irregularmente. E um terço não ovula. Metade dos embriões de mães Downs tem a síndrome. Homens, normalmente, são estéreis. Na literatura médica há apenas três casos descritos de pais Downs
Fontes: William I. Cohen (Down Syndrome Center, Universidade de Pittsburgh, EUA) e geneticistas Zan Mustacchi (Hospital Infantil Darcy Vargas) e Juan Llerena Jr. (Fiocruz/RJ)
SEXUALIDADE X PESSOAS ESPECIAIS
<http://www.webartigos.com/authors/1849/G%E9ssica-Hellmann>* Publicado 2/04/2008*
Psicologia <http://www.webartigos.com/categories/Psicologia/> ,
Desenvolvimento Pessoal<http://www.webartigos.com/categories/Desenvolvimento-Pessoal/> ,
Corpo e Mente <http://www.webartigos.com/categories/Corpo-e-Mente/
Neste artigo ela aborda a orientação sobre a sexualidade de crianças e adolescentes especiais, como, por exemplo, portadores de Síndrome de Down e Cadeirantes. Sabemos que a sexualidade em si já é encarada com certo preconceito. Falar sobre ela já gera polêmica, imagine abordar este assunto no contexto de pessoas especiais.Segundo Trabbold (2006) "Por medo de expor o adolescente a riscos físicos e emocionais, muitos pais negam a existência do problema e preferem encarar o filho como um "anjo assexuado". Por outro lado, os profissionais das instituições especializadas tendem a rotulá-los como pessoas hipersexualizadas, que não têm autocontrole".Segundo a autora, uma pesquisa feita pelo psicólogo Hugues Costa da França Ribeiro, comprovou o que sua experiência de dez anos na área já havia lhe ensinado: que eles têm desejo sexual, anseiam por uma relação afetiva e que são capazes de aprender a lidar com sua própria sexualidade.Para Gejer (2006) "O deficiente mental, como qualquer outro indivíduo, tem necessidade de expressar seus sentimentos de modo próprio e intransferível. A repressão da sexualidade, nestes indivíduos, pode alterar seu equilíbrio interno, diminuindo as possibilidades de se tornar um ser psiquicamente integral. Por outro lado, quando bem encaminhada, a sexualidade melhora o desenvolvimento afetivo, facilitando a capacidade de se relacionar, melhorando a auto-estima e a adequação à sociedade"."Uma pessoa com deficiência mental leve ou moderada pode compreender e adquirir parâmetros para discernir o que é adequado ou não, o que é privado ou público, quem tem permissão de tocar em suas partes íntimas e ainda entender as conseqüências do ato sexual, como a gravidez e o contágio de doenças sexualmente transmissíveis ... A sexualidade é um fator importante para o desenvolvimento da personalidade de qualquer indivíduo, algo que não pode ser negado ou sublimado" afirma Ribeiro. (Trabbold, 2006)A autora continua "Isolados em suas casas, em instituições especializadas, o deficiente geralmente é afastado do contato com outros grupos sociais". Este "círculo" de proteção pode também restringir a evolução do indivíduo.Existem controvérsias entre a escolha de uma Instituição Educacional Especializada e a inclusão em Escolas Normais. Qual delas é melhor para o desenvolvimento da criança e adolescente? Qual delas vai facilitar o desenvolvimento da independência, da socialização? Teoricamente a sociabilização do individuo especial com outros considerados "normais" facilita a inclusão. E quanto ao preconceito? Pode haver rejeição? Como lidar com isso?A informação, o diálogo é extremamente importante para o desenvolvimento da sexualidade da criança e do adolescente."A omissão do tema em casa, na escola ou no consultório médico gera desinformação e preconceito. Muita gente prefere acreditar, por exemplo, que eles não sejam capazes de compreender os cuidados necessários para o sexo seguro. Por isso, o tema não deve ser tratado apenas nas entrelinhas. É preciso fornecer informações claras e precisas para que sejam assimiladas". (Belisário, 2006)É importante lembrar que a sexualidade faz parte da natureza humana. É preciso lembrar que a sexualidade vai além do ato sexual."Apesar das diferenças entre os deficientes, quase todos são capazes de aprender a desenvolver algum nível de habilidade social e conhecimento sexual. Isso pode incluir habilidade para diferenciar comportamento apropriado e não apropriado e para desenvolver um senso de responsabilidade de cuidados pessoais e relacionamento com os outros". (Gejer, 2006).A autora afirma que:- Jovens com deficiência são sexualmente ativos;- As aspirações sociais e sexuais de pessoas especiais não são diferentes dos seus pares;- Estudos demonstram que problemas físicos e mentais têm menor influência sobre a expressão sexual do deficiente do que sua integração social;- Pais de adolescentes com deficiência devem se unir com outros educadores para proporcionar uma boa educação sexual para seus filhos;"O desejo e as descobertas da sexualidade são sinais de saúde. Mas quando o adolescente com deficiência começa a sair, conhecer pessoas, namorar e buscar uma vida sexual ativa, a família perde o controle sobre suas atividades, o que pode gerar medo de que ele seja rejeitado ou até mesmo abusado sexualmente. Com o intuito de proteger os filhos com deficiência, os pais costumam tratá-los como eternas crianças, negando assim o seu direito à sexualidade. Para acabar com medos, os processos de inclusão na escola e na comunidade são estratégias fundamentais". (Belisário, 2006)A arte é uma das atividades recomendadas pelos educadores como alternativa para o desenvolvimento da sexualidade das pessoas especiais. Tanto a arte como a sexualidade são prazerosas para o indivíduo.Rocha (2006) diz que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é inegavelmente um marco de referência para o posicionamento do ser humano no Mundo, na sua dimensão individual e social, destacando-se os princípios consignados na Declaração as "Normas sobre a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência" (Nações Unidas, 1994).O autor afirma que a conscientização acerca do que é qualidade de vida das pessoas com deficiência mental torna-se fundamental em áreas determinantes como: interação e relações sociais; bem-estar psicoafetivo e autonomia e poder de decisão. Contudo, não faz qualquer sentido falarmos destas dimensões da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência mental quando, ao mesmo tempo, se lhe é vedado o direito à sua sexualidade. "A pessoa portadora de deficiência mental deve aprender desde logo a reconhecer a sua individualidade, compreender o comportamento social e o seu comportamento como membro de uma sociedade, conhecer a sua própria vulnerabilidade e, essencialmente, saber escolher, decidir e desenvolver a sua própria sexualidade".A sexualidade faz parte do indivíduo, não se pode negar à pessoa especialal a liberdade de viver e expressar a sua sexualidade. Ela pode ser entendida também como expressão da afetividade, construção da auto-estima e do bem-estar.Pais e educadores, entretanto, negociam suas representações com a realidade da vida na instituição e da vida familiar, produzindo "regulações" da sexualidade, em especial aquelas ligadas à contracepção (Venâncio, 2006).Além das pessoas com deficiência mental, outras que sofrem preconceitos quanto a sua sexualidade são os cadeirantes. Principalmente porque "esbarram" em fatores culturais quanto à função social masculina e feminina."A despeito das mudanças que se processam quanto à função social da mulher hoje, principalmente a partir do seu engajamento no mercado de trabalho e, decorrente, de seu papel mais participativo em termos de eqüidade com o homem no seio da família, permanecem ainda resquícios da sociedade patriarcal e autoritária da sociedade fálica". (Salimene, 2006)A autora continua "Esses valores atingem de modo severo os portadores de deficiência física (em conseqüência de danos neurológicos). Estes, a despeito das disfunções sexuais presentes em diferentes níveis, quanto à ereção, ejaculação, orgasmo e reprodução, mantêm a sua sexualidade latente, quando entendida no seu conceito ampliado"."A ereção é resultado do enchimento dos corpos cavernosos do pênis por sangue. Como a conexão com o cérebro está prejudicada (pela lesão medular), a ereção psicogênica (pensar em algo que lhe de tesão) não ocorrerá. A ereção ocorrerá por mecanismos reflexos, ou seja, pela manipulação do pênis. Então, você poderá recorrer a métodos físicos, como colocar um anel na base do pênis para preservar a ereção por tempo mais prolongado. Com isto, você estará retendo o sangue nos corpos cavernosos. Os métodos químicos, que consistem em injeção na base do pênis ou introdução pela uretra de determinadas substâncias (prostaglandina), deverá ter o seu uso controlado por indicação médica para evitar efeitos colaterais indesejáveis. A solução definitiva mais comum é a colocação de uma prótese, feita de um material flexível, ficando o pênis sempre em estado de semi-ereção. Uma outra prótese, seria formada por tubos colocados no local dos corpos cavernosos. Estes tubos estariam em contato com uma bolsa cheia de líquido, que quando pressionada os encheria. Este líquido preenchendo os tubos agiria como se fosse o sangue preenchendo os corpos cavernosos, provocando a ereção". (Moraes, 2006)"É necessário que se incorporem ações terapêuticas voltadas para a reabilitação sexual dessas pessoas para ajudá-las a superar suas dificuldades. Assim buscamos caminhos para que possam exercitar sua sexualidade o mais plenamente possível, com a obtenção do prazer físico e psíquico, fatores contribuintes para sua reintegração social saudável". (Salimene, 2006)Ao aceitar o seu corpo lesado e, por incrível que possa parecer para alguns, até curti-lo, você estará pronto para que outras pessoas possam também aceitá-lo com suas limitações. Cito como exemplo a entrevista concedida ao Géh na primeira edição de sexualidade: "Costumo dizer que o sexo com os cadeirantes é muito mais parecido do que diferente do "tradicional".As pessoas imaginam que é complexo, muito diferente, ou até mesmo que somos assexuados. Claro que cada caso é um caso. Falo de mim e do que sei dos meus amigos. Fazer sexo é sempre bom. Sinto o mesmo desejo de antes e as sensações são até mais intensas. A principal diferença é um trabalho maior do parceiro, que vai me ajudar com as posições..." afirma Juliana Oliveira, tetraplégica.Se você não sente metade do seu corpo, você descobrirá sozinho ou junto com seu parceiro que seu corpo é uma fonte de prazer e que ao estimular outras partes sensíveis, como a boca, a orelha, o peito e as costas você poderá estar descobrindo a sua nova sexualidade. (Moraes, 2006)Ao compreendermos que a sexualidade é mais complexa que o ato sexual, é carinho, é sentimento, é sensações, é tudo que proporciona bem estar e prazer ao indivíduo. Desta forma é possível quebrar tabus e viver plenamente a sexualidade. Este conceito é válido para todas as pessoas, especiais ou não.
Bibliografia
Belisário Filho, José Ferreira. Sexualidade e Deficiência: superando preconceitos. Disponível em:
< http://www.andi.org.br/noticias/templates/boletins/template_pontoj.asp?articleid=2933&zoneid=23>. Acessado em: 24/11/2006.
Gejer, Débora. O adolescente com deficiência mental e sua sexualidade. Disponível
em: < http://www.entreamigos.com.br/textos/sexualid/oadole.htm>. Acessado em: 24/11/2006.
Morais, José Carlos. Conversando sobre sexo. Disponível em:
< http://www.entreamigos.com.br/textos/sexualid/sexo.html>. Acessado em: 24/11/2006.
Rocha, Jorge. Viver a sexualidade é um direito de todos. Disponível em: < http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/sexualidade1.htm>. Acessado em: 24/11/2006.
Salimene , Arlete Camargo de Melo. A Sexualidade da pessoa com deficiência física. Disponível em: < http://www.entreamigos.com.br/textos/sexualid/sexpede.htm>. Acessado em: 24/11/2006.
Trabbold, Ângela. Sexo dos Anjos. Disponível em: <http://www.entreamigos.com.br/textos/sexualid/sexanjo.htm>. Acessado em: 24/11/2006.
Venâncio, Ana Teresa A. Representações sociais da diferença: sexualidade e deficiência mental. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312006000100008&lng=es&nrm=&tlng=pt>. Acessado em: 24/11/2006.
Publicado originalmente na Revista Sexualidade <http://www.gehspace.com/sexualidade71a75.htm#71>
SEXUALIDADE PARA DEFICIENTES MENTAIS:
Veja Mais em :
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM SINDROME DE DOWN
sexta-feira, 6 de março de 2009
Vaga para deficiente também é válida para quem não usa cadeira de roda
Veja mais em :
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1026411-5598,00.html