De:
"Murilo Saraiva de Queiroz"
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"Mônica Accioly"
Esclarecimento: um estudo do NAtional Research Counsil (NRC, 2001) revelou que TODAS as abordagens especificas alcançam em torno de 50% das crianças com resultados muito positivos. Não é somente o ABA.
Essa observação que você fez provavelmente veio desse artigo aqui:
Is ABA The Only Way?
Ele levanta um monte de pontos muito importantes sobre ABA tradicional, clássica. Eu concordo com quase tudo que ele diz, aliás. Uma frase importante desse artigo acho que resume bem o que penso:
Aliás, isso (ABA "misturado com outras coisas") foi justamente algo que o Argemiro comentou comigo, logo que tínhamos recebido o diagnóstico.Práticas ABA contemporâneas são hoje em dia muito próximas, tanto na filosofia quanto na prática, de práticas não-ABA que são mais baseadas em desenvolvimento, e individualizadas para crianças e famílias (e.g. DIR-Floortime, Hanen, RDI, SCERTS, TEACCH e outras).
Eu também descobri o livro original do NRC que é citado pelo artigo. Ele está aqui:
Minha crítica é só com a frase "TODAS as abordagens específicas". Isso é um prato cheio para qualquer um dizer "meu método funciona tão bem quanto ABA, quem falou foi o NRC!".
Educating Children with Autism
Então eu fui conferir exatamente com que outras abordagens ABA foi comparada. Isso pode ser encontrado no livro, na página 150, que reproduzo abaixo.
Note que nessa comparação estão TEACCH, LEAP, programas de universidades famosas como Denver, UCLA, etc. São todos programas muito sérios, com muitas publicações, coordenados e desenvolvidos por profissionais capacitados.
Essa comparação NÃO inclui, por exemplo, Son-Rise, justamente por ele ser praticado à parte da comunidade acadêmica, por leigos (que só recebem o treinamento dos próprios criadores do método) e não ter estudos científicos publicados (praticamente o material se restringe ao que é vendido pelos criadores).
TABLE 12–1 Features of Comprehensive Programs
Program | Mean Age at Entry (range), in Months | Hours Per Week | Usual Settinga | Primary Teaching Procedure |
Children’s Unit | 40 (13 to 57) | 27.5 | School (S) | Discrete trial |
Denver Community Based Approach | 46 (24 to 60) | 20 | School (I), home, community | Playschool curriculum |
Developmental Intervention Model | 36 (22 to 48) | 10–25 | Home, clinic | Floor time therapy |
Douglass | 47 (32 to 74) | 30–40 | School (S and I), home | Discrete trial; naturalistic |
Individualized Support Program | 34 (29 to 44) | 12 | School (I), home, community | Positive behavior support |
LEAP | 43 (30 to 64) | 25 | School (I), home | Peer-mediated intervention; naturalistic |
Pivotal Response Training | 36 (24 to 47) | Varies | School (I), home, community, clinic | Pivotal response training |
TEACCH | 36 (24 and up) | 25 | School (S), clinic | Structured teaching |
UCLA Young Autism Project | 32 (30 to 46) | 20–40 | Home | Discrete-trial |
Walden | 30 (18 to 36) | 36 | School (I), home | Incidental teaching |
a(S) segregated classroom; (I) inclusive classroom |
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