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http://e-proinfo.mec.gov.br/eproinfo/academico/acessar_modulo/acessar_modulo.htm?idUg=cripto%3A%258F%255D%25A8%25B0%25F9%250A%257B%25F7&
Lecionar para alunos da Educação Especial requer uma preparação diferenciada, que permita ao professor tornar a sua aula a mais inclusiva possível. Na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, a tarefa de preparar os docentes para isso está nas mãos do Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA).
Ligado à Secretaria Municipal de Educação (SME), o IHA é o responsável por implementar ações de inclusão nas escolas da rede municipal, seguindo as diretrizes do Ministério da Educação. Os cursos de formação capacitam professores, agentes de apoio e estagiários da rede municipal para a integração de alunos com deficiência, seja ela qual for.
"Nossos cursos são voltados para facilitar a aprendizagem dos alunos. Ensinamos aos professores quais recursos podem ajudar, a importância de conhecer as características de cada aluno e as dificuldades que cada um enfrenta", afirma Katia Nunes, diretora do IHA.
Um dos pilares da Educação Especial é o Atendimento Educacional Especializado (AEE), oferecido pelas escolas municipais nas salas de recursos. Nesse atendimento, os professores identificam, elaboram e organizam os recursos pedagógicos e de acessibilidade para eliminar as barreiras impostas pela deficiência de cada aluno. Desde 2010, o número de salas de recursos na rede municipal passou de 14 para 484.
"O número de alunos com deficiência aumentou muito. Essa expansão atende a necessidade de incluí-los", explica a diretora do IHA.
Mensalmente, 480 professores das salas de recursos multifuncionais são treinados pelo IHA. Além deles, todos os professores da rede têm à disposição uma extensa grade de cursos, que vai sendo formada conforme a demanda dos próprios professores.
Um dos temas abordados nos cursos é a surdez. E quem está à frente deste segmento no instituto são as professoras Laura Jane Belém e Mônica Astuto. Filha de pais surdos, Laura só começou a trabalhar diretamente com o tema depois dos 40 anos, em 2002, quando a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como meio legal de comunicação.
"Em 2003, fomos convidadas pelo IHA para fazer um trabalho de sensibilização da rede municipal em relação à Libras. Depois começamos a atuar nas escolas, junto aos professores", conta Laura.
De acordo com ela, os professores de turmas mistas costumam ter dúvidas sobre a necessidade de intérpretes e como ter certeza de que o aluno está realmente assimilando o conteúdo das aulas. Para ajudá-los nessa missão de tornar a educação mais inclusiva, todo ano há pelo menos um encontro bilingue – português e libras – e dois encontros com os professores das salas de recursos.
O Instituto Helena Antipoff fica na Rua Mata Machado, nº 15, Maracanã.