sábado, 17 de dezembro de 2011

Educação Especial: Dá pra aprender sem ver? Como?

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Assim que você terminar de ler este parágrafo, feche os olhos alguns instantes, saia de onde está e procure dar pelo menos uns trinta passos pelo recinto onde se encontra. Se for pequeno demais, encontre a porta e vá para fora. Ainda com os olhos fechados, volte para o lugar de onde saiu, sente-se e, só então, abra os olhos.




Como foi a experiência? Nada fácil, não é? Você deve ter se sentido inseguro, deve ter tateado pelo caminho para não topar com algum móvel ou objeto, talvez até tenha sentido vontade de abrir os olhos só um pouquinho para se localizar melhor. É, não é fácil andar no escuro.



Há alguns anos participei de um curso de Educação Física para deficientes. Numa das dinâmicas do curso, tive meus olhos vendados e “ganhei” um guia que me levou por um caminho cheio de obstáculos, segurando-me suavemente pelo cotovelo direito. O professor orientou o guia sobre como deveria proceder, e eu tive que confiar nele “cegamente”, esperando que não me deixasse cair ou tropeçar. Depois de percorrido o trajeto, foi minha vez de servir de guia para outro colega que não conhecia o percurso. Em outro momento chutamos bola com olhos vendados, tivemos que dizer em que parte da quadra a bola estava quicando e caminhamos na direção de diferentes tipos de sons em diferentes locais da quadra de esportes. Se você fez o exercício sugerido no início do artigo, deve ter tido uma vaga ideia de como eu e meus colegas nos sentimos.



Foi uma experiência ao mesmo tempo enriquecedora e assustadora. O treino que tinha o objetivo de despertar ou desenvolver o senso de empatia serviu como uma das maiores lições de vida que recebi até hoje.

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