domingo, 4 de dezembro de 2011

Apucarana - Um novo jeito de fazer Moda

Apucarana - Um novo jeito de fazer Moda



Quando começou a estudar Moda, a araponguense Andréia Jesuíno, 35 anos, planejava trabalhar em uma grande empresa e ter um salário de causar inveja. O anseio inicial da universitária já não é o mesmo ao concluir o curso de Tecnologia em Design de Moda, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Apucarana. Ela e a irmã, Ângela Jesuíno, 32, também de Arapongas, descobriram no design inclusivo um novo nicho de mercado. As estudantes apresentaram como monografia, o projeto “Desenvolvimento de Vestuário Adaptável para Portadores de Paralisia Cerebral”.








As universitárias transformaram os portadores de paralisia cerebral em protagonistas da passarela. Elas desenvolveram dez peças para seis looks para coleção verão 2012/2013, para alunos da Apae de Arapongas. Foram dois vestidos, uma saia, uma blusinha e um shortinho com uma bata para compor o vestuário feminino. Para a ala masculina do projeto foi desenvolvido bermuda e camiseta e calça jeans e camisa.



A primeira vista pode parecer peças casuais demais para universitárias de Moda, mas a finalidade das estudantes era justamente essa. “A intenção não era fazer nada extraordinário. São modelagens de peças normais. Fizemos adaptações nos pontos de maior dificuldade de mobilidade”, explica.











De acordo com Andréia, o objetivo é quando alguém olhar ver a normalidade, fazendo o portador de necessidade especial se sentir incluso, com naturalidade. Ela avalia que o projeto, assim como a moda, se preocupa com conforto e estética. “As micros e macrotendências da próxima estação estão na coleção, como o floral e o xadrez”, pontua Ângela.







Quanto ao conforto, Andréia explica que as adaptações foram planejadas conforme o estudo do movimento de cada participante. “O acabamento é o diferencial. Por exemplo, nas aberturas laterais com zíper, o acessório não toca a pele, para não machucar. Também tivemos muito cuidado na hora de aplicar botões. Sempre pensamos no conforto de quem vai usar”, sustenta. Ela explica ainda que na hora de confeccionar calças e bermudas retiraram a costura na lateral ou a deslocaram um pouco para frente. “A costura, para quem passa grande parte do tempo em uma cadeira de rodas, pode machucar a pele”, assinala

Um comentário:

andreiajesuino@hotmail.com disse...

Olá Professor Sérgio,fiquei surpresa e muito feliz ao ver meu trabalho publicado em seu blog. Em meu nome e em nome da minha irmã, deixo aqui meu agradecimento. Obrigada!