Divulgação.
Livro/Tese: Formação e Teoria
Crítica da Escola de Frankfurt:
trabalho, educação, indivíduo
com deficiência.
Autora: Valdelúcia Alves da Costa1.
Série Práxis Educativa, 3. EdUFF,
2005, 196 p. R$ 20,00.
ISSN 85-228-0402-8. O Livro "Formação e Teoria
Crítica da Escola de Frankfurt:
trabalho, educação, indivíduo com deficiência",
professora da UFF Valdelúcia Alves da Costa, analisa
o universo da deficiência e dialoga com trabalhadores
deficientes visuais, contribuindo para a reflexão
acerca do trabalho, da educação, do preconceito,
do indivíduo com necessidades especiais advindas
da deficiência visual e da formação cultural de
deficientes e não deficientes. O último capítulo
apresenta depoimentos de trabalhadores deficientes
visuais do Serpro - Serviço Federal de Processamento
de Dados/Rio de Janeiro. sobre sua vida no trabalho,
na educação, na política, dentre outras dimensões da
vida humana e social.
Da Autora.
Este livro é resultante de minha tese de doutorado
em História e Filosofia da Educação, realizado na
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP
e defendida em julho de 2001, no qual procurei
compreender a formação na perspectiva da Teoria
Crítica da Sociedade, com ênfase nas idéias de
Adorno, Horkheimer e Marcuse. Os sujeitos
participantes foram os trabalhadores deficientes
visuais do Serviço Federal de Processamento de
Dados/Regional Rio de Janeiro, distribuídos em
analistas de sistemas, programadores de computadores,
estagiários em programação de computadores e administração
recursos humanos.
No estudo, o trabalho foi investigado como parte
constituinte da vida dos sujeitos, considerando-o
luz do padrão dominante de desenvolvimento
que tem apontado para determinadas tendências,
como o processo de globalização econômica, política
e cultural, procurando identificar suas contradições
no mundo contemporâneo, face à sua superação, ou
não, como fundamental para a inserção social e para
a vida humana.
Os objetivos do estudo foram caracterizar a formação
dos trabalhadores deficientes visuais pela educação
e pelo trabalho; verificar como ocorreu a inclusão
dos trabalhadores deficientes visuais no mundo do
trabalho; identificar as repercussões do trabalho na
vida dos trabalhadores deficientes visuais com base
em suas experiências. E, as hipóteses: o trabalho
é considerado central na vida para os trabalhadores
deficientes visuais? O trabalho é fator de integração
do trabalhador deficiente visual à sociedade? A educação
e o trabalho são componentes da formação dos
deficientes visuais? A análise dos dados, obtidos
em entrevistas semi-estruturadas, observações no
de trabalho e questionários, considerou a vida
e escolar, sócio-afetivo-cultural, política e no trabalho
dos trabalhadores deficientes visuais do SERPRO/RJ.
Os resultados deste estudo apontaram para o trabalho
como sendo central na vida dos trabalhadores
visuais, embora essa abranja, também, projetos
para além do trabalho, atitudes de resistência,
como engajamento em grupos de defesa dos
direitos da pessoa com deficiência e participação
em atividades comunitárias; para a educação como
elemento constituinte de sua formação, com destaque
para a experiência na escola regular e para a
família como fundamental no desenvolvimento dos
trabalhadores deficientes visuais.
As conclusões de meu estudo identificaram a
possibilidade de liberdade e felicidade dos
sujeitos do estudo, trabalhadores deficientes
visuais do SERPRO/RJ, mesmo considerando os
limites impostos pela sociedade de classes,
excludente e segregadora.
1:
Doutora em Educação, História e Filosofia da
Educação/PUC-SP.
Professora Adjunta da Faculdade de Educação da
Universidade Federal Fluminense/UFF.
Docente do Programa de Pós-Graduação em
Educação da UFF.
Coordenadora do Programa de Educação Inclusiva
da UFF.
Vice-Coordenadora do Curso de Pedagogia da
UFF/Niterói-RJ.
Email: valdelucia2001@uol.com.br. Ana Paula Campos
- Divulgação/EdUFF: (21) 2629-5287 e 9153-8020.
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