quarta-feira, 17 de novembro de 2010

SOPRO NO CORPO - VALDELUCIA ALVES DA COSTA

A Bengala Legal - Tornar-se e Ser Cego - Diferentes e Diferenças.




Bengala Legal.


Trechos do Livro.

"Quando duas pessoas se conhecem, ligam-se primeiro nas 
aparências. Aos poucos isso vai sendo superado até se 
conhecer o que está por trás das aparências. Com o cego, 
normalmente, esse processo é mais demorado. É como
se a cegueira ofuscasse seu portador. Para algumas 
pessoas ela chega até a representar uma barreira 
intransponível. (p.84).

Uma coisa também muito comum de acontecer é 
a generalização. É como se para as pessoas todos
 os cegos fossem iguais. Isso nos autorizaria a dizer que
 todas as pessoas que têm visão comum são iguais pelo
 simples fato de verem... (p.85).

Divulgação.

Imagem da capa do livroLivro/Tese: Formação e Teoria 
Crítica da Escola de Frankfurt:
 trabalho, educação, indivíduo 
com deficiência.
Autora: Valdelúcia Alves da Costa1.
Série Práxis Educativa, 3. EdUFF, 

2005, 196 p. R$ 20,00.
ISSN 85-228-0402-8.
O Livro "Formação e Teoria 
Crítica da Escola de Frankfurt:
 trabalho, educação, indivíduo com deficiência", 
professora da UFF Valdelúcia Alves da Costa, analisa 
o universo da deficiência e dialoga com trabalhadores
deficientes visuais, contribuindo para a reflexão
 acerca do trabalho, da educação, do preconceito,
 do indivíduo com necessidades especiais advindas
 da deficiência visual e da formação cultural de 
deficientes e não deficientes. O último capítulo
 apresenta depoimentos de trabalhadores deficientes
 visuais do Serpro - Serviço Federal de Processamento
de Dados/Rio de Janeiro. sobre sua vida no trabalho,
na educação, na política, dentre outras dimensões da 
vida humana e social.

Da Autora.

Este livro é resultante de minha tese de doutorado 
em História e Filosofia da Educação, realizado na 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP 
e defendida em julho de 2001, no qual procurei 
compreender a formação na perspectiva da Teoria
 Crítica da Sociedade, com ênfase nas idéias de
 Adorno, Horkheimer e Marcuse. Os sujeitos 
participantes foram os trabalhadores deficientes 
visuais do Serviço Federal de Processamento de 
Dados/Regional Rio de Janeiro, distribuídos em 
analistas de sistemas, programadores de computadores,
estagiários em programação de computadores e administração 
recursos humanos.
No estudo, o trabalho foi investigado como parte 
constituinte da vida dos sujeitos, considerando-o 
luz do padrão dominante de desenvolvimento 
que tem apontado para determinadas tendências,
como o processo de globalização econômica, política
 e cultural, procurando identificar suas contradições 
no mundo contemporâneo, face à sua superação, ou
não, como fundamental para a inserção social e para
 a vida humana.
Os objetivos do estudo foram caracterizar a formação 
dos trabalhadores deficientes visuais pela educação
e pelo trabalho; verificar como ocorreu a inclusão
dos trabalhadores deficientes visuais no mundo do 
trabalho; identificar as repercussões do trabalho na 
vida dos trabalhadores deficientes visuais com base
 em suas experiências. E, as hipóteses: o trabalho 
é considerado central na vida para os trabalhadores 
deficientes visuais? O trabalho é fator de integração 
do trabalhador deficiente visual à sociedade? A educação 
e o trabalho são componentes da formação dos 
deficientes visuais? A análise dos dados, obtidos
em entrevistas semi-estruturadas, observações no 
de trabalho e questionários, considerou a vida 
e escolar, sócio-afetivo-cultural, política e no trabalho
 dos trabalhadores deficientes visuais do SERPRO/RJ.
Os resultados deste estudo apontaram para o trabalho
 como sendo central na vida dos trabalhadores 
visuais, embora essa abranja, também, projetos 
para além do trabalho, atitudes de resistência, 
como engajamento em grupos de defesa dos
 direitos da pessoa com deficiência e participação
em atividades comunitárias; para a educação como
 elemento constituinte de sua formação, com destaque
 para a experiência na escola regular e para a 
família como fundamental no desenvolvimento dos 
trabalhadores deficientes visuais.
As conclusões de meu estudo identificaram a
 possibilidade de liberdade e felicidade dos 
sujeitos do estudo, trabalhadores deficientes 
visuais do SERPRO/RJ, mesmo considerando os
 limites impostos pela sociedade de classes,
 excludente e segregadora.
1:
Doutora em Educação, História e Filosofia da

 Educação/PUC-SP.
Professora Adjunta da Faculdade de Educação da 

Universidade Federal Fluminense/UFF.
Docente do Programa de Pós-Graduação em

 Educação da UFF.
Coordenadora do Programa de Educação Inclusiva

da UFF.
Vice-Coordenadora do Curso de Pedagogia da

 UFF/Niterói-RJ.
Email: valdelucia2001@uol.com.br. Ana Paula Campos 

- Divulgação/EdUFF: (21) 2629-5287 e 9153-8020.






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