quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Síndrome de Down: Momentos de Reflexão - O Papel dos Pais na Educação dos Filhos Downs

Síndrome de Down: Momentos de Reflexão - O Papel dos Pais na Educação dos Filhos Downs


Momentos de Reflexão - O Papel dos Pais na Educação dos Filhos Downs

Luis Felipe, 27 anos

Volta por cima Uma geração de portadores de Down leva uma vida normal e derruba um preconceito secular
Como convém a um jovem de 27 anos, Luiz Felipe Badin procura ocupar sua rotina com as mais variadas atividades. Toca piano, pratica natação, estuda informática, trabalha como ator - participou recentemente da novela O mapa da mina -, escreve um livro e ainda usa o pouco tempo que resta para namorar. "Não suporto ficar parado", explica. Tanta efervescência pode surpreender a quem sabe que Badin é portador da síndrome de Down, uma anomalia cromossômica capaz de provocar diversos problemas congênitos e retardo mental. Até há pouco tempo, o que se esperava desse tipo de pessoa é que tivesse uma vida completamente dependente e inútil. Mas a progressiva melhoria no tratamento e na educação dos portadores da síndrome fez surgir uma nova geração atuante e determinada, que em nada lembra a legião de coitadinhos de tempos atrás.
A próxima façanha de Badin será a de estrelar uma campanha nacional de esclarecimento sobre a síndrome de Down, que deverá ir ao ar nos próximos dias em vários canais de televisão. O objetivo do trabalho é corrigir a visão equivocada sobre os portadores, que no País somam cerca de 300 mil. A mudança de comportamento é resultado da crescente evolução no trabalho de médicos, terapeutas e professores que atendem aos portadores. A medicina dispõe atualmente de informações suficientes para prescrever o tratamento ideal. Terapeutas e educadores têm em mente que o trabalho deve capacitar as pessoas para enfrentar o dia-a-dia da forma mais normal possível. Mas elogios especiais devem ser endereçados aos pais que não se conformaram em ver seus filhos alijados da vida produtiva. Odete Badin lembra muito bem quando, cinco dias após o nascimento de Luiz Felipe, ficou frente a frente com o pediatra. "O médico disse que meu filho era mongolóide e eu gastei todas as minhas lágrimas."
A participação dos pais mudou tudo no conceito - ou preconceito - que se tinha anteriormente sobre síndrome de Down, a começar pelo nome da deficiência.

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